Entre Tijolos e Chicletes: O pequeno comerciante chamado Michael Jackson

Entre Tijolos e Chicletes: O pequeno comerciante chamado Michael Jackson

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Antes de ser coroado Rei do Pop, Michael Jackson já encantava multidões – mesmo que, na época, essas multidões fossem formadas apenas por seus irmãos e vizinhos do bairro de Gary, Indiana. Sua primeira vitrine foi um tabuleiro improvisado, sustentado por dois tijolos e coberto por um pano comum. Não havia holofotes nem palcos, apenas doces, chicletes e a imaginação de um menino que já mostrava sinais de genialidade e carisma.

Michael adorava brincar de lojista. Era como se o comércio simbólico dos doces fosse, para ele, uma antecipação do show business. Quando seu pai, Joe Jackson, começou a dar mesadas semanais para ele e os irmãos, Michael transformava cada centavo em açúcar: voltava para casa com os braços carregados de guloseimas.

Mas ao invés de simplesmente comê-los, ele montava sua “loja” e os revendia – pelo mesmo preço que pagou – para os próprios irmãos, irmãs e amigos. Negócio nenhum, mas uma lição de amor pela troca, pelo ritual, pela brincadeira.

Era nos detalhes que morava seu encantamento. Ele preparava o cenário com o cuidado de quem monta um espetáculo: o pano sobre o tabuleiro era o palco, os doces, seus artistas. Ele vendia não só balas, mas a experiência de comprar de Michael. A diversão estava em cada gesto. Esse pequeno comércio sem lucro era, na verdade, uma forma precoce de criar conexão – algo que ele faria com maestria anos mais tarde diante do mundo inteiro.


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