Quem conhecia Michael Jackson apenas como o gênio da música, o dançarino inigualável ou o artista que mobilizava multidões, não fazia ideia de sua visão aguçada para os negócios. Por trás dos palcos e das coreografias milimetricamente calculadas, existia um estrategista atento às oportunidades — inclusive fora do mundo da música.

No fim dos anos 1990, enquanto a Marvel atravessava uma de suas maiores crises financeiras, Michael Jackson demonstrou interesse em comprar parte das ações da empresa. Mais do que um investimento, a aproximação com a Marvel tinha também motivações criativas. Segundo relatos, Michael não apenas queria ajudar a reerguer a marca, como também sonhava em interpretar o Homem-Aranha nos cinemas.

Stan Lee, criador de muitos dos heróis mais amados da Marvel, chegou a confirmar publicamente o interesse de Jackson. Em uma entrevista, Stan revelou que Michael chegou a discutir ideias para o futuro da empresa, e parecia extremamente empolgado com as possibilidades. Era como se o palco de Neverland fosse pequeno demais para seus planos.

E essa empolgação não era por acaso. Michael Jackson era um colecionador apaixonado por quadrinhos, fantasias e memorabilia. Seu acervo pessoal incluía itens raríssimos que fariam qualquer fã da cultura pop enlouquecer. Mais do que admiração, ele entendia o poder das narrativas e o alcance das marcas.

Um vídeo raro mostra Stan Lee e Michael Jackson passeando pelos escritórios da Marvel, trocando ideias sobre personagens, histórias e possibilidades de futuro. A cena é quase surreal: dois ícones de gerações diferentes, unidos por uma visão em comum — transformar o entretenimento mundial.

No fim, a negociação não avançou. Mas o episódio revela uma faceta pouco conhecida de Michael Jackson: um homem que sonhava alto, não apenas nos palcos, mas também no mundo dos negócios e da cultura pop. Se tivesse dado certo, talvez hoje ele fosse lembrado também como um dos grandes nomes por trás da ascensão do Universo Marvel.