O projeto Victory causou muito estresse e ansiedade a Michael Jackson. Quando seu pai (Joseph) deu o primeiro passo na turnê da família, ele contratou os serviços de Don King, o promotor de boxe com um passado controverso, conhecido por seu senso de humor impetuoso e tendência a blefar com resultados tragicômicos.
Esse suposto empresário era totalmente inescrupuloso e inventou um sistema absurdo de venda de ingressos que obrigava os fãs a pagar adiantado $120 por quatro ingressos que eles nem tinham certeza de ganhar em um sorteio armado para esse propósito. Fãs azarados acabariam sem ingresso e sem dinheiro (embora nem todos os envolvidos fossem perdedores!).
Jackson insistiu que essas vendas duvidosas de ingressos tinha que parar, e ele anunciou um dia antes do primeiro show que os lucros de sua turnê seriam doados para instituições de caridade.
Vários meses antes, em 27 de janeiro de 1984, no Shrine Auditorium em Los Angeles, os Jacksons haviam filmado um comercial para a Pepsi-Cola, patrocinadora da turnê Victory. O diretor Bob Giraldi pediu a Michael que ficasse no topo de uma escada, onde fumaça e máquinas de efeitos especiais estavam sendo usadas para criar uma tela de faíscas, enquanto o cinegrafista fazia os melhores ângulos. O Rei do Pop fez isso, mas uma máquina estava muito perto dele e uma enorme faísca atingiu seu cabelo fortemente coberto de gel. Enquanto Jackson descia a escada dançando, ele percebeu que seu cabelo estava pegando fogo. Seu irmão Tito e sua assistente Miko Brando correram para ajudar.
MJ sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus no topo da cabeça e ficou com cicatrizes para o resto da vida. Apesar das inúmeras operações, ele sofria de dores frequentes, o que deu início à sua necessidade de analgésicos. No entanto, a Pepsi pagou ao cantor US $1,5 milhão em danos, que ele usou para abrir um Michael Jackson Burn Center.