Michael Jackson na batida do Olodum

Rei do Pop levou para os quatro cantos do mundo a magia do grupo cultural que nasceu no Pelourinho

Com as cores do movimento Pan-africano, verde, amarelo, vermelho e preto, e o símbolo da paz, que já era muito difundido desde os anos 1960 com os grandes eventos musicais, o publicitário baiano João Silva criou uma das logomarcas mais conhecidas no Brasil e, sem exagero, no mundo. Falo daquela que simboliza o Olodum, grupo cultural que nasceu no Pelourinho, mantem uma escola, uma banda, um bloco de Carnaval e, assim como o Ilê Aiyê, tem um grande prestígio junto à comunidade negra, parda e mestiça de Salvador.

A marca sempre foi forte na Bahia e no Brasil. Mas quando o pop star Michael Jackson veio a Salvador, em 1996, com o cineasta Spike Lee, gravar o clipe da música “They Don’t Care About Us”, aí foi a consagração.

O mundo inteiro passou a conhecer a força e o trabalho dessa comunidade chamada Olodum. E para contar um pouco de como nasceu essa marca, em 1994, o Baú do Marrom foi conversar com seu criador:

Baú do Marrom — Qual a sensação quando você viu o megastar Michael Jackson exibindo sua criação para o mundo?

João Silva — Eu não estava em Salvador durante as gravações, mas fiquei muito feliz e orgulhoso, em ver que as várias marcas e símbolos que aparecem estampadas nas camisas dos membros da bateria naquele clipe foram algumas das marcas que criamos para o Olodum. Se olhar direitinho aquele clipe, você verá que cada uma daquelas marcas contam alguma história e momento que o Olodum viveu ate chegar aqui.

Lembro que o jornal do sul me perguntou a época se eu achava que Michel Jackson tinha gravado o clipe por conta da música do Olodum ou da marca e eu disse que, com certeza pela batida do Olodum que era contagiante em qualquer parte do mundo, mas que considera também que o símbolo da paz, tinha também um alinhamento com a imagem de Michael Jackson transmitia. Michael Jackson era meu ídolo também, tinha todos os discos e gravava todos os clips que eram lançados anualmente. Levei inclusive minha filha Juliana ao show dele no Morumbi em São Paulo em 1993.

Trecho selecionados da entrevista para o Primeiro Jornal

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