Wade Robson e James Safechuck, os acusadores de Michael Jackson no documentário ‘Leaving Neverland’, que até agora pediam “apenas justiça e não dinheiro”, agora buscam resolver tudo com um acordo financeiro.
O documentário ‘Leaving Neverland’ continua sendo motivo de discussão quase sete anos após sua estreia. Depois de ser retirado de vários países devido às mudanças constantes de versão tanto do diretor quanto dos acusadores e supostas vítimas do Rei do Pop, o caso paralelo que foi aberto nos tribunais dos Estados Unidos, onde Wade Robson e James Safechuck solicitavam que os supostos crimes de abuso sexual cometidos por Michael Jackson contra eles durante a infância fossem julgados, parece estar abrindo um novo capítulo do drama.
Apesar de os dois acusadores terem pedido explicitamente “justiça e não dinheiro” para reparar o dano causado, após mais de onze anos de tentativas contínuas de abrir um processo contra uma pessoa falecida (todas as ações rejeitadas) e contra as empresas de Michael Jackson e seus herdeiros (tentativas que foram arquivadas por diversos juízes devido a inconsistências fundamentais nas acusações), finalmente uma investigação foi aberta para examinar o caso, que está chegando ao fim e, portanto, o julgamento começaria nos próximos meses. Começaria se não fosse pelo fato de os dois acusadores terem decidido mudar sua demanda e, embora tenham insistido ao longo destes anos que o objetivo do documentário e da ação era “justiça”, agora eles solicitaram um acordo financeiro extrajudicial para evitar o julgamento.
O Espólio de Michael Jackson, que já recontratou a equipe de advogados que garantiu a absolvição completa do Rei do Pop no mega julgamento midiático de 2005 (onde um dos atuais acusadores testemunhou a favor de Jackson), recusou veementemente tal acordo e deixou claro sua intenção de levar o assunto até o fim, portanto, será um juiz e os tribunais que determinarão a culpabilidade ou inocência de Michael Jackson, como os acusadores haviam solicitado ao longo dos anos da investigação.
Se ambas as partes mantiverem essa postura, o caso seguirá em frente e o julgamento ocorrerá no próximo ano.