Michael Jackson é mais do que um artista; ele é um movimento que atravessa gerações. Desde o menino prodígio do Jackson 5 até o Rei do Pop, sua arte transcendeu barreiras culturais, raciais e temporais.

Existem aqueles que viram o gênio nascer e crescer, que viveram a explosão da Michaelmania nos anos 80, dançando ao som de Thriller e Billie Jean. Outros só conheceram Michael após 2009, quando sua ausência revelou a verdadeira magnitude de sua presença. E, mais recentemente, novas gerações estão descobrindo sua arte por meio de vídeos virais, remixes e documentários. Michael Jackson continua vivo, reinventado pela paixão de seus fãs e pelo poder atemporal de sua música.

Mas o que significa ser fã de Michael Jackson?

Para muitos, ser fã não é apenas admirar sua música ou dançar seus passos icônicos. É defendê-lo. Defender sua memória, sua humanidade, e sua arte contra décadas de injustiças e falsas narrativas criadas pela mídia sensacionalista. Ser fã de Michael é assumir um compromisso com a verdade e com os valores que ele representou: amor, empatia, e respeito. É resistir ao julgamento fácil e à manipulação midiática, elevando o legado de um homem que dedicou sua vida a espalhar mensagens de unidade e paz.

No entanto, nem todos parecem entender ou viver esse propósito. Há uma parcela da comunidade de fãs que, ironicamente, contraria tudo o que Michael pregou.

Em vez de amor, plantam discórdia. Em vez de empatia, demonstram indiferença. As redes sociais, que poderiam ser ferramentas para celebrar a arte de Michael e unir seus admiradores, muitas vezes se tornam arenas de brigas internas, onde likes e seguidores valem mais do que a essência do artista que dizem amar.

Chegamos a um ponto preocupante: pessoas que têm a responsabilidade de usar o nome de Michael Jackson para promover sua mensagem de amor e inclusão o usam para atacar. Diferenças de opinião ou divergências sobre fatos históricos se transformam em motivos para insultos e desrespeito. É como se algumas partes da comunidade tivessem esquecido que Michael sempre pregou a construção, nunca a destruição. Ele pedia que olhássemos para “o homem no espelho” antes de julgarmos os outros.

E então surge a pergunta: onde está a empatia? A compaixão que Michael cantava em Heal the World ou Earth Song parece ter se perdido em meio às disputas virtuais. Como podemos dizer que somos verdadeiros fãs de Michael Jackson se não conseguimos praticar o que ele ensinou?

Não basta gritar “Michael é inocente” enquanto espalhamos ódio. Não basta dançar Smooth Criminal se nossas ações são moralmente criminosas.

Michael sempre acreditou na união. Em seus shows, ele conectava pessoas de diferentes países, idiomas e crenças em um só coro, em um só ritmo. Ele sabia que o poder de sua arte estava em sua capacidade de aproximar pessoas. Talvez seja hora de refletirmos sobre o que estamos fazendo como comunidade. Estamos honrando esse legado ou o desonrando? Estamos nos comportando como fãs ou como antagonistas da mensagem que ele tanto lutou para propagar?

Ser fã de Michael Jackson deve ser mais do que idolatrar sua arte; deve ser um compromisso com seus ideais. Precisamos, mais do que nunca, de união, de respeito, de amor. É o mínimo que podemos fazer por alguém que dedicou sua vida a nos mostrar que, mesmo diante de injustiças e adversidades, é possível brilhar, perdoar e transformar o mundo.

Como ele mesmo disse: “Se você quer fazer do mundo um lugar melhor, olhe para si mesmo e faça a mudança.”

Que tal começarmos agora?

4 Comments

  1. Michael Jackson viveu tudo aquilo que acreditava, um gênio em todos os sentidos. Deixou uma história, um legado que nada pode apagar, nem o tempo que tornou seu aliado. Que bom que as novas gerações, buscam inspirações em seu legado. O mundo precisa de mais Michael Jackson, infelizmente só nos resta resgatar o seu legado e sua arte.

  2. Concordo inteiramente com autor do texto…amor e respeito era o modo de vida de Michael! Ser fã precisa mais que uma adoração e sim uma doação sincera de bons atos e sentimentos para legítimar o belo legado de MJ. Evito confrontos e gosto de ter contatos com fãs da paz e do amor.

  3. Lembro de eu muito, muito pequena ouvia no rádio do fretado do serviço dos meus pais uma música do Michael que me tocava de um jeito especial e até me arrepiava mesmo sem saber o que dizia, algum tempo depois eu vi a tradução, então sou que eu não estava enganada, ele realmente era especial.

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