Michael Jackson: cueca e muitas risadas
No mundo da fama, onde cada movimento é registrado e cada silêncio pode virar manchete, existia uma relação curiosa e, por vezes, hilária entre Michael Jackson, o Rei do Pop, e Frank DiLeo, seu empresário. Mas não se engane: a vida ao lado de uma das figuras mais enigmáticas da música não era exatamente um mar de rosas. Era, isso sim, um circo diário de genialidade e pegadinhas. Frank, com seu indefectível charuto, seus ternos vibrantes e uma paciência digna de santos, foi por anos o alvo favorito das travessuras de Michael.
DiLeo, que parecia saído diretamente de um filme de Scorsese, com aquele ar de mafioso bonachão e um olhar que misturava cansaço e afeto, enfrentava diariamente o imprevisível universo dos bastidores do pop. E, no epicentro desse universo, havia sempre um Michael em estado puro: brincalhão, imprevisível, eternamente menino. Era como se, fora dos palcos, o artista se permitisse ser criança de novo — e Frank, gostasse ou não, era o brinquedo favorito.
Houve um dia em que DiLeo chegou ao escritório e não conseguiu sequer abrir a porta. Do outro lado, um mar de balões de hélio o impedia de entrar. Michael, escondido atrás de uma planta gigante, ria até quase cair. Frank bufava, tentava abrir caminho entre os balões, enquanto o riso de Michael ecoava pelos corredores da gravadora. E assim nascia mais uma história para o anedotário secreto do pop.
Mas as travessuras não paravam por aí. O banheiro de DiLeo, aparentemente um santuário de paz, também era campo de batalha para o humor peculiar de Michael. O xampu virava loção corporal, a pasta de dente virava algo que definitivamente não era pasta de dente — e o espelho, invariavelmente, registrava as caretas de Frank diante das novas surpresas do dia.
Talvez a imagem que melhor represente essa relação insólita — de afeto, parceria e troça — seja a de uma foto pouco conhecida, mas absolutamente simbólica: Michael, sorridente, com duas pombas nos ombros, segura uma cueca de Frank DiLeo como se fosse um troféu.
Frank DiLeo pode ter enfrentado dias de caos, risadas involuntárias e situações que só mesmo ele saberia contar. Mas entre uma brincadeira e outra, havia algo que o público raramente via: uma cumplicidade profunda, um afeto silencioso entre o artista e seu escudeiro mais colorido. No fim, talvez a maior pegadinha de Michael tenha sido essa: transformar o cotidiano em espetáculo e as amizades em lendas.