Há três décadas, Michael Jackson lançava “Earth Song“, uma canção que não apenas emocionava, mas também alertava sobre os caminhos perigosos que a humanidade insistia em trilhar. Era mais do que música; era um manifesto contra a destruição do planeta, as guerras insensatas e a miséria que consumia vidas. Com sua voz poderosa, o Rei do Pop entregava um chamado urgente para despertar consciências.
No entanto, 30 anos depois, a realidade mostra que seu alerta caiu no vazio.
Desde 1995, os problemas denunciados na canção não apenas persistiram, mas se intensificaram. A desigualdade social atinge níveis extremos, com milhões de famintos e desabrigados em todo o mundo. Guerras continuam a ser travadas em nome do poder e da ganância, devastando nações e ceifando vidas inocentes. Enquanto isso, o meio ambiente é tratado como um recurso descartável, explorado sem piedade por aqueles que se beneficiam da destruição.
Os animais, que Michael tanto amava, estão desaparecendo a um ritmo alarmante. Espécies são extintas não por necessidade, mas pelo prazer de caçadores ou pela expansão desenfreada do ser humano. As queimadas na Amazônia, um dos crimes ecológicos mais devastadores do planeta, continuam a destruir um dos pulmões do mundo. A Terra sangra, mas poucos se importam em estancar a ferida.
“Earth Song” era mais do que uma melodia; era um apelo desesperado de um artista que enxergava o colapso antes mesmo que a maioria percebesse sua aproximação. Em um mundo regido pelo egoísmo, Jackson transformou sua dor e frustração em uma obra-prima que deveria ter inspirado a mudança. No entanto, mesmo com sua mensagem sendo usada em campanhas ambientais ao redor do mundo, nada foi suficiente para impedir o agravamento da crise climática.
Nos bastidores de “This Is It”, sua última turnê, Michael Jackson ensaiava “Earth Song”. O documentário mostra o Rei do Pop recitando palavras que hoje ecoam como uma premonição: “Se não consertarmos agora, chegaremos a um ponto de não poder arrumar.”
Ele sabia. Ele tentou avisar. Mas, como sempre, a humanidade escolheu ignorar.
Trinta anos depois, “Earth Song” continua mais atual do que nunca. Michael Jackson não está mais aqui para gritar pelo planeta, mas sua mensagem segue viva.
A pergunta que fica é: até quando fingiremos não ouvir?
Michael Jackson já previa o que iria acontecer só mundo e ninguém lhe deu atenção. Agora, depois de tanto tempo o que ele previu está acontecendo, o ser humano está destruindo a terra sem dó nem piedade. A única coisa que interessa é o dinheiro. Muito triste ver isso, e as pessoas fazem ouvidos moucos, só estão esperando o fim, que está próximo.
A canção Earth song nos propõe uma reflexão. Qual o planeta que deixaremos para nossos filhos e netos? O que as próximas gerações irão encontrar? E estamos falando de uma música composta há três décadas atrás, no século passado. É lamentável observar que nada daqueles tempos se alterou e o mundo continua assolado por ganância nos dias atuais. Michael, em seu tempo, foi um cronista do cotidiano global através de suas canções. Assistir esse clipe dá a impressão de estar no cenário apocalíptico que vivemos hoje, e isso se agravou muito após a pandemia. Guerras como a da Rússia contra a Ucrânia, onde vemos algo desproporcional : um lider de estado rico fazendo vitimas inocentes de um território fraco. A volta de um insano com ares autoritaristas à presidência americana. A temida miséria nos quatro continentes e a destruição dos ecossistemas, alterando clima e vegetação. Enfim, se o Michael estivesse aqui, talvez ele produziria um album de conscientização e Earth song seria incluída novamente.