Em 1995, o mundo da música testemunhou um dos maiores planos de marketing já feitos para um álbum. Michael Jackson, no auge de sua genialidade criativa e ambição artística, preparava o lançamento de HIStory: Past, Present & Future, Book I – um projeto grandioso, que não poderia passar despercebido. Com o apoio da Sony Music, o artista estava determinado a transformar o lançamento em um verdadeiro acontecimento global.
A ideia inicial de Michael foi ousada e quase inacreditável: “Cubram o letreiro de Hollywood com o nome do meu álbum.” A proposta chegou a ser analisada pela Câmara de Comércio de Hollywood, mas foi rejeitada oficialmente no dia 3 de junho de 1995. Para muitos, a recusa teria sido o fim de qualquer campanha mirabolante. Para Michael, foi apenas o começo.
Se não podia cobrir o letreiro mais famoso do mundo, Michael sugeriu algo ainda mais simbólico: “Construam uma estátua minha.” E a Sony atendeu. Ao todo, nove gigantescas estátuas de Michael Jackson foram erguidas nas principais capitais da Europa e do Japão.

A estratégia publicitária de HIStory ultrapassou todas as expectativas. Foram investidos cerca de 30 milhões de dólares — o maior orçamento já utilizado na promoção de um álbum musical até então. Outdoors gigantes, comerciais impactantes e eventos públicos criaram uma atmosfera quase cinematográfica, fazendo do lançamento um espetáculo por si só.
Cada estátua causava aglomerações, manchetes e debates. Não era apenas música sendo promovida — era a construção de uma lenda, ao vivo, diante de milhões. A campanha transformou o álbum em uma experiência cultural, com fãs esperando ansiosamente pelo lançamento como se fosse a estreia de um filme épico.
O resultado? Apesar das críticas iniciais da imprensa, HIStory se tornou o álbum duplo mais vendidos de todos os tempos, com mais de 25 milhões de cópias comercializadas mundialmente.
Hoje, olhando para trás, é impossível ignorar o poder da campanha que transformou praças em palcos, cidades em vitrines e uma ideia ousada em um marco definitivo na história da música pop. Michael Jackson não apenas lançou um álbum — ele lançou um momento. E esse momento, até hoje, ecoa como uma obra-prima de ambição e espetáculo.