Em 2009, o mundo parou para assistir ao retorno de uma lenda. Michael Jackson planejava sua volta triunfal aos palcos com a série de shows This Is It, em Londres. Mas o que poucos sabiam era que, por trás da grandiosidade, havia um time de dançarinos escolhidos a dedo pelo próprio Rei do Pop. Não era apenas mais um show. Era uma missão.
Michael não queria qualquer dançarino. Ele queria os melhores. Aqueles que sentissem a música como ele sentia. O processo de audição foi rigoroso: milhares se apresentaram, mas apenas um grupo seleto foi aprovado. Cada um deles tinha uma história, uma origem e, sobretudo, um sonho em comum — dançar ao lado do maior artista da história da música.
Entre os escolhidos estavam nomes como Timor Steffens, dos Países Baixos; Daniel Celebre, do Canadá; Nick Bass, dos Estados Unidos; Devon Perri, Shannon Holtzapffel, Tyne Stecklein, entre outros talentos internacionais. Eles vieram de diferentes partes do mundo, mas todos tinham o mesmo objetivo: brilhar ao lado de Michael Jackson.
Os ensaios foram intensos. Michael fazia questão de estar presente em todos, orientando movimentos, discutindo detalhes, corrigindo poses. Era exigente, mas inspirador. Ele tratava a dança com precisão cirúrgica. Nada passava despercebido. Cada passo tinha um propósito. Para os dançarinos, aqueles momentos eram mais que ensaio — eram aulas com o mestre.
Tyne Stecklein, por exemplo, já havia dançado com artistas como Christina Aguilera, mas revelou em entrevistas que “nada se comparava à energia de Michael no palco”. Para ela e os demais, This Is It era o ponto alto da carreira. Era o reconhecimento máximo. Era a chance de fazer parte da história da música.
Mas o sonho foi interrompido de forma cruel. Em 25 de junho de 2009, Michael Jackson se foi repentinamente, e o show que mobilizava o mundo foi cancelado. A notícia devastou os dançarinos. Muitos relataram que sentiram como se tivessem perdido um mentor, um amigo, um ídolo. E, de fato, perderam tudo isso ao mesmo tempo.
Mesmo sem subir ao palco, os dançarinos deixaram seu legado no documentário This Is It, lançado meses depois. Lá, é possível ver o brilho nos olhos, o comprometimento nos gestos e a entrega absoluta em cada ensaio. Eles dançaram como se o mundo estivesse assistindo — porque sabiam que estavam dançando com o rei.
Hoje, todos eles carregam a marca dessa experiência. Embora o sonho de se apresentar ao vivo com Michael não tenha se concretizado, eles viveram algo que milhões jamais experimentarão: o privilégio de aprender, criar e dançar ao lado de um gênio.
E isso, nenhum tempo ou tragédia poderá apagar.