Você está prestes a conhecer uma história que não se encontra nos livros, nem nos tabloides… um daqueles momentos raros, íntimos, contados por quem estava lá, do lado de dentro.
Allan ‘Big Al’ Scanlan, diretor de manutenção do Rancho Neverland entre 1990 e 2005, foi uma das pessoas de confiança de Michael Jackson — e compartilhou um relato surpreendente sobre como o astro viveu, de forma anônima e divertida, uma das noites mais simbólicas dos Estados Unidos: o 4 de Julho.
Feche os olhos por um instante e imagine: Michael Jackson, o artista mais famoso do mundo, deitado na grama como qualquer outra pessoa, rindo, dançando, fascinado com os fogos… e completamente disfarçado.
Agora abra os olhos. Vamos voltar para o interior da Califórnia, mais precisamente para uma cidade chamada Lompoc. Uma cidade pequena, tranquila — e palco de uma das escapadas mais inusitadas do Rei do Pop.
Michael adorava fogos de artifício. Era fascinado pela beleza, pelas cores, pela emoção. Mas no Rancho Neverland, com sua vegetação seca e clima quente, fogos eram proibidos por risco de incêndio. Ele tentou conseguir uma licença especial, envolveu bombeiros, xerife… mas todos disseram não.
Foi aí que Big Al teve uma ideia: “E se levássemos Michael para ver os fogos da cidade vizinha, Lompoc, sem que ninguém soubesse?” Com ajuda do chefe dos bombeiros e do xerife, um plano foi montado em segredo. Michael, ao ouvir a proposta, ficou em silêncio por alguns segundos. E então sorriu:
“Vamos.”
No final da tarde do 4 de Julho, uma van discreta saiu de Neverland. Dentro dela, Michael e alguns convidados. Entraram por uma estrada secundária, que dava acesso ao acampamento dos bombeiros. Assim que chegaram, Michael olhou ao redor, desconfiado:
“Tem certeza que ninguém sabe que estou aqui?”
Big Al sorriu: “Só duas pessoas sabem. E confiam em você.”
Do lado de fora, escondidas nos arbustos perto da cerca, duas crianças tentavam espiar o show sem pagar ingresso. Michael passou a poucos metros delas, e elas nem perceberam quem era. Estavam hipnotizadas pelos fogos no céu.
No motorhome dos bombeiros, Michael se divertia como uma criança. Abria gavetas, bisbilhotava a geladeira, fazia perguntas. Quando o show começou, todos se sentaram na grama. A banda tocava ao vivo, e Michael, claro, não conseguia ficar parado. Big Al, pensando que fosse música gravada, comentou.
Michael corrigiu: “É ao vivo, mas tem programação eletrônica.”
Depois de uma noite perfeita, Michael voltou para casa encantado. E, um ano depois, quis repetir. Mas dessa vez, com um toque a mais: todos, inclusive ele, iriam disfarçados de xeques árabes. Era o jeito que encontrou de se proteger de olhares curiosos, já que rumores sobre sua presença em Lompoc haviam circulado pela cidade.
Chegando lá, tudo parecia controlado. Estavam em um bom ponto, na área dos bombeiros, longe do público. Mas então, sem aviso, as luzes do estádio começaram a acender. Big Al soube que era hora de ir. Michael concordou, e todos começaram a sair discretamente.
No caminho de volta, dois policiais os abordaram. Viram o grupo de “árabes” e acharam estranho. “Esta é uma área restrita. O que estão fazendo aqui?”, perguntaram.
Big Al respirou fundo e apontou:
“Este é Michael Jackson.”
Michael abaixou o lenço. Os policiais olharam. Um para o outro. De novo para ele. E apenas disseram:
“Tenham uma boa noite.”
Michael caiu na gargalhada. Durante todo o trajeto de volta, repetia imitando Big Al:
“Este é Michael Jackson. Este é Michael Jackson.”
É, ele sabia exatamente o momento certo de desaparecer.
E também sabia como viver momentos de verdade — como esse, em Lompoc, onde por uma noite, ele não foi o maior astro da Terra, mas apenas um homem feliz, deitado na grama, olhando para o céu.