• A Fábula de Michael Jackson: Sonhos de Infância em ‘Childhood’

    A Fábula de Michael Jackson: Sonhos de Infância em ‘Childhood’

    Michael Jackson, o menino que nunca teve infância, cresceu sob os holofotes do mundo. Desde seus primeiros passos no grupo Jackson 5, sua vida esteve à mercê de contratos, turnês e estúdios de gravação. Enquanto outras crianças brincavam, ele ensaiava coreografias exaustivas, gravava hits que o levariam ao estrelato e se preparava para enfrentar as expectativas implacáveis da fama.

    A infância de Michael, um tesouro inestimável para qualquer ser humano, foi arrancada dele pela máquina da indústria do entretenimento. E assim, o menino prodígio se tornou o Rei do Pop, mas o preço foi alto: a perda de sua inocência e o fardo de uma vida observada com julgamentos incessantes.

    Michael passou a vida inteira tentando recuperar o que lhe foi tirado. Seus refúgios eram os espaços que recriava para si mesmo, como o Rancho Neverland, uma terra de sonhos e magia que simbolizava o universo infantil que ele jamais pôde viver plenamente. No entanto, o mundo não via essa busca com a mesma doçura com que ele a enxergava. Aos olhos do público, Michael Jackson era uma figura enigmática, constantemente julgada e criticada.

    Sua tentativa de compensar a infância perdida era vista por muitos como algo excêntrico ou até mesmo perturbador. Mas o que poucos percebiam era o profundo desejo de conexão com a pureza e a simplicidade que nunca teve.

    Entre as obras mais tocantes de sua carreira está o curta-metragem Childhood, dirigido por Nick Brandt, que encapsula essa saudade intangível que Michael carregava consigo. Inspirado no poema “Wynken, Blynken e Nod”, de Eugene Field, o vídeo é uma fábula visual que reflete a busca incessante do cantor por sua infância perdida.

    O curta é mais do que uma peça audiovisual; é uma janela para o coração de Michael Jackson. A simplicidade e a pureza das imagens contrastam com a complexidade de suas emoções. Como Peter Pan, o personagem de Walt Disney a quem Michael frequentemente era comparado, ele desejava nunca crescer, manter viva a chama da imaginação e da fantasia. Mas, diferente de Peter Pan, Michael estava preso em um corpo adulto, em um mundo que não lhe permitia o luxo da inocência.

    Childhood captura essa dualidade, essa luta interna entre o desejo de se libertar e a realidade de uma vida moldada pela pressão da sociedade.

    Em entrevista à fanzine francesa Black & White, o diretor Nick Brandt relembra os bastidores da criação de Childhood. Ele descreve as filmagens no coração de uma floresta, onde o ambiente natural se tornava um reflexo das paisagens emocionais que Michael queria expressar. “Era uma metáfora para sonhos de infância”, explicou Brandt. “Michael acreditava muito na ideia de sempre perseguir seus sonhos.”

    Childhood é um tesouro mágico na vasta obra de Michael Jackson, uma joia rara que traduz sua essência de maneira profunda e comovente. O vídeo nos lembra que, apesar de todo o glamour e das luzes do estrelato, havia um menino dentro de Michael que nunca cresceu, que sempre olhou para o céu em busca de seus sonhos.

    E talvez seja por isso que sua obra ressoa tanto até hoje — porque, por trás de cada canção, há um desejo sincero de reconectar-se com a magia da vida, com a inocência que, para ele, sempre esteve fora de alcance.

  • Michael Jackson e a saga por trás do álbum ”Invincible”

    Michael Jackson e a saga por trás do álbum ”Invincible”

    O perfeccionismo de Michael Jackson, uma característica que definiu sua carreira desde os primeiros dias de sucesso, encontrou sua máxima expressão durante a produção do álbum Invincible. Inicialmente previsto para ser lançado em 9 de novembro de 1999, o álbum acabou sendo repetidamente adiado, frustrando os fãs e colaboradores.

    O Rei do Pop estava profundamente envolvido em cada detalhe, em busca de algo que ele considerava genuíno, talvez até sua última grande obra. Em entrevistas, ele revelou que estava colocando seu coração e alma nesse projeto, o que tornava cada decisão, cada nota e cada colaboração, uma questão de vida ou morte artística.

    A produção de Invincible se espalhou por estúdios ao redor do mundo, com Michael gravando em lugares como Montreux, Suíça, Norfolk, Virgínia, e The Hit Factory em Miami. A lista de colaboradores era impressionante, incluindo nomes como Teddy Riley, Dr. Freeze, Babyface, R. Kelly, Lenny Kravitz, e muitos outros. Mas o grande destaque foi Rodney Jerkins, um jovem produtor que Jackson via como essencial para a criação de um som novo e futurístico.

    Jerkins, fascinado pela oportunidade, encontrou em Jackson um mentor exigente, alguém que não aceitava menos do que a perfeição e que estava disposto a refazer tudo do zero se não estivesse satisfeito com o resultado.

    Essa busca incessante pela inovação e qualidade fez com que Michael Jackson passasse anos trabalhando em Invincible, e não foram poucos os desafios encontrados pelo caminho. A pressão era imensa, não apenas dos fãs e da gravadora, mas principalmente de Jackson para consigo mesmo.

    A dedicação quase obsessiva resultou em jornadas de trabalho que chegavam a 18 horas por dia, com Jackson empurrando Jerkins e outros colaboradores ao limite. Mesmo diante de tantas adversidades, a equipe continuava a produzir músicas que, nas palavras de Jerkins, eram como nada que o mundo já havia ouvido antes.

    Apesar de todo o esforço e das dezenas de músicas gravadas, muitas faixas excepcionais ficaram de fora do álbum final. Michael, em sua busca por perfeição, sacrificou canções que poderiam facilmente ter se tornado sucessos.

    O atraso no lançamento de Invincible se estendeu até o verão de 2001, quando, finalmente, sob enorme pressão, Jackson escolheu as 16 faixas que comporiam o álbum. A expectativa era alta, e os executivos da Sony e da Epic estavam confiantes de que o álbum seria um marco na carreira de Jackson, comparando-o até mesmo ao icônico Thriller.

    Quando Invincible finalmente foi lançado em outubro de 2001, a recepção foi mista, mas Michael Jackson provou, mais uma vez, seu poder de cativar e surpreender. No mesmo período, ele subiu ao palco do Madison Square Garden para celebrar seus 30 anos como artista solo, em um show que reuniu lendas e jovens estrelas da música e do cinema. Jackson, aos 43 anos, mostrou ao mundo que ainda era capaz de dominar o palco como poucos.

    Embora Invincible não tenha alcançado o mesmo impacto comercial de seus álbuns anteriores (devido ao boicote da gravadora), ele permanece como um testemunho da dedicação e do perfeccionismo de Michael Jackson, um artista que nunca parou de desafiar a si mesmo e aos outros em busca da perfeição:

  • Histórias do produtor Rodney Jerkins sobre o Rei do Pop Michael Jackson

    Histórias do produtor Rodney Jerkins sobre o Rei do Pop  Michael Jackson

    Em uma entrevista para “The Almanac of Rap”, o renomado produtor Rodney Jerkins, mais conhecido como Darkchild, ofereceu uma visão íntima de suas experiências com Michael Jackson, revelando a profundidade da influência do icônico artista no mundo da música. Jerkins, que colaborou estreitamente com o Rei do Pop, compartilhou momentos significativos que destacam o legado único e a busca incessante de Jackson pela inovação.

    Jerkins começou a conversa enfatizando a importância do legado de Michael Jackson e a necessidade de ACABAR comparações com outros artistas. “Os artistas continuam aprendendo com Michael Jackson. Seu legado está em uma categoria própria”, afirmou Jerkins.

    Durante a entrevista, o produtor relembrou um episódio crucial envolvendo demos de Neptunes que, mais tarde, ajudariam a moldar o álbum Justified de Justin Timberlake. Michael Jackson, no entanto, rejeitou as faixas, considerando-as “genéricas demais”. Esse momento ilustra a incessante busca de Jackson por inovação e seu compromisso em criar algo verdadeiramente revolucionário.

    A conversa também abordou um dos momentos mais memoráveis do hip-hop: a aparição de Michael Jackson no palco do Summer Jam de 2001 com Jay-Z. Jerkins revelou que foi ele quem facilitou essa colaboração icônica. “Você se lembra quando Michael foi chamado ao palco por Jay-Z? Quem apresentou Jay-Z a Michael fui eu”, contou Jerkins. Ele descreveu como Jay-Z, conhecido por sua postura reservada, demonstrou um raro momento de humildade na presença de Jackson. “Foi a vez que vi Jay-Z mais humilde na minha vida”.

  • Rodrigo Teaser desvenda os bastidores do álbum ‘Blood on the Dance Floor’

    Rodrigo Teaser desvenda os bastidores do álbum ‘Blood on the Dance Floor’

    Lançado em 1997, Blood on the Dance Floor: HIStory in the Mix é o álbum de remixes mais vendido de todos os tempos. Longe de ser apenas uma coleção de remixes, o álbum trouxe cinco faixas inéditas que revelaram um lado sombrio e profundamente pessoal do Rei do Pop. Criadas para álbuns anteriores, mas deixadas de fora das seleções finais, essas músicas carregavam o peso emocional das lutas internas de Jackson, seu reflexo em um mundo que o perseguia e desafiava.

    No vídeo, Rodrigo Teaser, artista-tributo de Michael Jackson, mergulha nos bastidores dessa criação enigmática. Teaser revela que Blood on the Dance Floor foi uma manobra estratégica para ajudar a equilibrar as finanças da Sony após o orçamento astronômico de HIStory: Past, Present and Future, Book I, lançado em 1995. O álbum HIStory teve uma produção grandiosa, com videoclipes, campanhas de marketing global e uma turnê mundial. Isso resultou em um custo altíssimo que a gravadora precisava compensar.

    BOTDF foi, então, concebido como uma forma de gerar receita adicional, sem a necessidade de um novo álbum completo de inéditas. O projeto contou com remixes de músicas do álbum HIStory (mesmo Michael odiando) e a inclusão de cinco músicas inéditas, o que reduziu os custos de produção.

    Acompanhe o documentário A criação de Blood on the Dance Floor:

  • Entre Cortes e Acordes: O dia em que Michael Jackson defendeu sua música

    Entre Cortes e Acordes: O dia em que Michael Jackson defendeu sua música

    No silêncio da madrugada, enquanto o mundo dormia, a tensão e a criatividade se entrelaçavam em uma sala de estúdio. Era o último obstáculo na produção de HIStory: Past, Present and Future, Book I, o ambicioso álbum de Michael Jackson.John VanNest, o engenheiro de gravação, estava ali, frente a frente com o Rei do Pop, com uma missão quase impossível: cortar sete preciosos minutos para que o álbum coubesse em um único CD. Cada segundo daquela noite estava impregnado de uma intensidade quase palpável, onde cada batida, cada acorde, carregava o peso de uma obra-prima.

    Michael, com a sua paixão por cada detalhe, recusava-se a sacrificar qualquer parte de sua criação. Cada corte proposto por John era recebido com um olhar que dizia mais do que palavras: “Essa é minha parte favorita do álbum!”.

    A frustração e a exaustão pairavam no ar, mas a determinação de Michael em preservar a integridade de sua visão artística era inabalável. Jimmy Jam, o co-produtor, tentava amenizar a situação, elogiando as edições e ressaltando que elas realmente aprimoravam as músicas. Mas, para Michael, cada nota tinha uma alma, e cada corte era uma perda irreparável.

    A magistral Earth Song abria como um hino épico à Terra, com sua orquestra arrebatadora e o comovente poema Planet Earth. They Don’t Care About Us, por sua vez, com sua batida  e o poderoso coral de vozes no final – era um grito de guerra contra a injustiça.

    Como alguém poderia sequer pensar em cortar qualquer parte dessas obras-primas?Horas passaram, o relógio avançava para as primeiras horas da manhã, e a equipe, exausta, finalmente chegou a um consenso. Mas o alívio foi breve, pois Bruce Swedien, o lendário engenheiro de som, entrou na sala e pediu que John refizesse todas as edições.

    A exaustão de John era evidente, mas a reverência pelo projeto e pelo homem que estava ao seu lado era maior. Com uma última força, ele se dedicou a refinar o álbum mais uma vez, sabendo que estava trabalhando com um dos maiores artistas de todos os tempos. Aquela noite, com suas frustrações e triunfos, seria gravada em sua memória para sempre.

    Após a conclusão de HIStory, o estresse da produção deu lugar a um dia de pura alegria no Rancho Neverland, onde Michael, como o anfitrião generoso que era, ofereceu à sua equipe um dia inesquecível. No final, o que ficou para John VanNest não foi apenas a lembrança do árduo processo de edição, mas a profunda admiração por Michael Jackson, não apenas como artista, mas como ser humano.

    Gracioso, humilde e incrivelmente talentoso, Michael era uma verdadeiro cavalheiro. Trabalhar ao lado dele não foi apenas uma experiência profissional, mas um encontro com a grandeza em sua forma mais pura.

  • De Canções a Hits: A fórmula perfeita de Michael Jackson para o sucesso

    De Canções a Hits: A fórmula perfeita de Michael Jackson para o sucesso

    Michael Jackson, o icônico Rei do Pop, carregava consigo uma marca: o perfeccionismo. Em tudo o que fazia, o compromisso com a excelência era inegociável.

    No processo de criação de seus álbuns, essa essência se tornava ainda mais evidente, e suas meticulosas exigências muitas vezes deixavam sua gravadora em estado de tensão constante. Nada escapava ao seu olhar minucioso. A produção de cada álbum era uma jornada complexa, desde a seleção de repertório até os mínimos detalhes de gravação e finalização. Nada estava pronto até que Michael sentisse que havia atingido o auge do que era possível.

    Esse perfeccionismo consumia tempo e energia, mas o resultado final justificava cada segundo. Michael não apenas criava músicas; ele concebia experiências sonoras que atravessavam o tempo e o espaço. E, uma vez que o álbum estava finalizado, ele e sua equipe enfrentavam o desafio de escolher as faixas que fariam parte da obra definitiva. Essa seleção era um processo intenso, onde cada canção era analisada com rigor.

    Mas o desafio não terminava aí. Após definir o repertório, vinha a crucial tarefa de escolher os singles, aquelas faixas que iriam conquistar o mundo e definir a identidade do álbum.

    A escolha de um single, era um evento por si só. Cada lançamento exigia investimentos significativos, não apenas em termos financeiros, mas em esforço e dedicação. Era um verdadeiro espetáculo publicitário, onde cada single era acompanhado de videoclipes revolucionários e estratégias promocionais impactantes. Michael Jackson, sempre à frente de seu tempo, entendia o poder que essas faixas tinham para transformar o destino de um álbum. Para ele, cada single era uma oportunidade de marcar uma era, de definir o som de uma geração.

    E, para Michael, mais era sempre mais. A ideia não era apenas criar sucessos instantâneos, mas explorar ao máximo o potencial de cada álbum. Lançar o maior número possível de singles era parte de sua estratégia para garantir que cada obra fosse um marco cultural.

    O perfeccionismo de Michael Jackson não era apenas uma característica de sua personalidade; era o alicerce que sustentava seu legado. Ele sabia que a música tinha o poder de transcender fronteiras, e cada detalhe, desde a escolha do repertório até o lançamento de um single, fazia parte de sua missão de criar magia sonora e impactar o mundo como ninguém jamais fez.

  • Por que Michael Jackson usava fitas nos dedos?

    Por que Michael Jackson usava fitas nos dedos?

    Por trás dos mistérios que cercam as lendas, há sempre uma sutil arte de manter a curiosidade viva. Michael Jackson, o Rei do Pop, era um mestre em transformar o ordinário em extraordinário, e isso se estendia até os mínimos detalhes, como as fitas brancas que adornavam seus dedos. Aqueles fragmentos de fita, aparentemente simples, tornaram-se símbolos enigmáticos que deixaram o mundo perplexo.

    Muitos se perguntavam: “Por que ele usa essas fitas? O que significam?“

    A resposta, porém, estava além do alcance de uma explicação comum, pois Michael sabia que a curiosidade é a faísca que alimenta o fascínio.

    Em 1987, durante as gravações do icônico videoclipe de Smooth Criminal, a ideia de destacar as mãos de Michael com fitas brancas surgiu de uma necessidade técnica. Era uma solução prática para trazer mais luz e atenção a seus movimentos. No entanto, como em tudo que fazia, Michael transcendeu a funcionalidade e transformou a fita em um enigma visual.

    Apenas três dedos seriam cobertos – anelar, indicador e mindinho – criando um padrão deliberadamente incompleto, algo que apenas ele poderia conceber. Ele compreendia o poder do mistério e o prazer que seus fãs sentiam ao tentar desvendar seus segredos.

    Michael Jackson, sempre atento às reações de seu público, adorava a ideia de que algo tão simples pudesse gerar especulações tão profundas. As teorias surgiram aos montes: seria um sinal secreto? Uma superstição? Ou, como alguns especulavam, uma forma de esconder o hábito de roer unhas? Ou esconder manchas do vitiligo?

    Além de criar um enigma visual, as fitas nos dedos de Michael Jackson tinham um propósito ainda mais profundo: elas moldavam a percepção do público enquanto ele dançava.

    Essas fitas não eram apenas um detalhe estético, mas uma extensão da expressão artística de Michael. Ao guiar o olhar do espectador, ele desenhava no ar linhas invisíveis que narravam a história de cada música. O efeito era , transformando cada movimento em um traço cuidadosamente planejado, onde cada passo, giro e gesto era acentuado de forma quase mágica.

    Michael compreendia profundamente o poder da ilusão e da arte de conduzir o olhar. Ele sabia que, em um palco, cada detalhe conta, e as fitas se tornaram uma ferramenta para elevar sua performance a um nível quase sobrenatural. Assim, enquanto o mundo se perguntava sobre o significado das fitas, elas cumpriam silenciosamente seu verdadeiro papel: amplificar a genialidade de seus movimentos e transformar cada apresentação em uma experiência inesquecível.

  • Os Jacksons prometem retorno em 2025 com docusérie e álbum inédito

    Os Jacksons prometem retorno  em 2025 com docusérie e álbum inédito

    Em um anúncio que já está gerando grande expectativa, a os irmãos Jackson revelou que 2025 será marcado por seu retorno ao mundo do entretenimento. Durante uma entrevista ao canal FOX 5, os irmãos de Michael Jackson confirmaram o lançamento de uma docusérie de oito episódios e um novo álbum. O projeto é visto como uma oportunidade de resgatar o legado da família e compartilhar histórias inéditas que o público nunca ouviu.

    A docusérie, que promete ser uma das mais reveladoras sobre a vida dos Jacksons, abordará momentos íntimos e controversos da trajetória da família. Jackie Jackson. O público pode esperar uma narrativa que mescla drama familiar com o impacto global da fama, oferecendo um olhar exclusivo sobre os bastidores da vida do grupo.

    Além da série documental, o novo álbum promete trazer uma fusão de nostalgia e modernidade. Os irmãos estão focados em capturar a essência de sua música clássica, mas também em inovar para se conectar com a nova geração de ouvintes. O álbum será o primeiro grande lançamento da família desde os anos 80 e já está sendo esperado com entusiasmo pelos fãs.

  • Humor e Humildade: Histórias Inéditas de Michael Jackson na África do Sul

    Humor e Humildade: Histórias Inéditas de Michael Jackson na África do Sul

    Em entre os anos de 1996 e 97, Peter Morey, um fotógrafo talentoso da África do Sul, teve a chance única de capturar momentos da passagem de Michael Jackson pelo país. Foi uma oportunidade que transcendeu a simples documentação visual, permitindo a Peter explorar as nuances da personalidade do Rei do Pop em um dos contextos mais íntimos e significativos: seu encontro com Nelson Mandela, um ícone da luta pela liberdade.

    Ao seguir Michael em sua jornada pela África do Sul, Peter não apenas fotografou um astro mundial, mas também um homem profundamente humano, cujas ações eram guiadas por uma humildade que raramente era reconhecida nas manchetes da época.

    Um dos momentos mais memoráveis registrados por Peter foi o encontro de Michael com Mandela, onde dois gigantes de diferentes esferas se uniram em um abraço que simbolizava respeito e admiração mútuos. Este encontro foi mais do que uma simples fotografia; foi um testemunho do impacto global de Michael Jackson e de seu compromisso com causas sociais, especialmente em um continente que ele tanto valorizava.

    As imagens capturadas por Peter revelaram um Michael Jackson sereno, longe dos holofotes da mídia sensacionalista, mostrando sua verdadeira natureza em um ambiente repleto de significado histórico.

    Entre as histórias que Peter compartilhou com a MJ Beats, uma em particular se destaca por sua simplicidade e humor. Durante uma busca por uma casa na África do Sul, Michael visitou a residência de uma família que estava à venda. Ao explorar os cômodos, ele entrou no quarto do filho da família e notou um pôster na parede, retratando uma mulher com as nádegas à mostra. A reação espontânea de Michael foi tocar o pôster, provocando risos imediatos de todos ao redor. Essa cena inusitada revelou um lado descontraído e autêntico de Michael, um contraste marcante com a imagem frequentemente distorcida pela mídia.

    Durante a visita de Michael Jackson à casa da família, não foram apenas as risadas que preencheram o ambiente. A família, ciente da oportunidade rara de ter o Rei do Pop em sua residência, rapidamente tratou de pegar discos e fotografias de Michael para que ele os autografasse, imortalizando aquele momento. Michael, sempre gentil e acessível, assinou os itens com seu característico toque de humildade. Mas um testemunho do carinho que Michael tinha por seus fãs e da alegria genuína que ele sentia ao poder retribuir o amor que recebia.

  • A Vida em Neverland: Memórias de uma Amizade com Michael Jackson

    A Vida em Neverland: Memórias de uma Amizade com Michael Jackson

    ”Às vezes, olho para trás e vejo as pequenas encruzilhadas que a vida me ofereceu. Momentos em que, em vez de virar à esquerda, poderia ter escolhido a direita, ou vice-versa. Alguns anos atrás, eu poderia ter continuado na UPS, me tornado um motorista de entregas e, talvez, hoje estivesse prestes a me aposentar, carregando, no entanto, o peso de algumas cirurgias nos joelhos. Mas, em vez disso, decidi seguir um caminho diferente, mudei-me para Hollywood, um jovem engenheiro com um sonho na indústria da música.

    Essas escolhas, esses caminhos, me levaram a lugares que eu jamais poderia imaginar. Um desses lugares foi onde me encontrei trabalhando ao lado de Michael Jackson. Eu gostava de algumas de suas músicas, mas não me considerava um fã. Eu estava ali para fazer um trabalho. E, de alguma forma inexplicável, ele confiou em mim, e assim nasceu uma amizade improvável, mas genuína.

    Nós éramos de mundos completamente diferentes, mas podíamos conversar sobre qualquer coisa: música, Disney, feiras, comida, família, roupas, brincadeiras, brinquedos. Michael, muitas vezes retratado de forma errada pela mídia, era alguém extremamente falante e acessível. Ele gostava de contar histórias, ouvir histórias, e nós passávamos horas conversando sobre as coisas mais simples da vida. Em uma era antes dos celulares e das redes sociais, a conversa era a nossa conexão.

    Lembro-me de contar a ele que minha esposa, Debbie, e eu éramos frequentadores assíduos da Disneyland. Michael adorava ouvir sobre nossas aventuras por lá. Acho que, em certo sentido, ele invejava a liberdade que tínhamos de curtir o parque sem precisar de disfarces ou seguranças. Essa liberdade, essa simplicidade, eram coisas que ele admirava e, talvez, desejava em sua própria vida.

    Nossa amizade era assim: como aquelas conversas despretensiosas de segunda-feira de manhã, onde você compartilha com os amigos as histórias do fim de semana. Eram piadas bobas, trocas de doces, conversas sobre brinquedos da Disney. Nada disso parecia muito adulto, mas eu nunca fui do tipo que se encaixava em gravatas e discussões sobre finanças.

    Com o passar dos anos, Michael me envolveu em mais e mais projetos. Trabalhei em álbuns como Bad, Dangerous e HIStory. Esses títulos resumem quase uma década da minha vida. Eu também estive ao lado de Bruce Swedien, o engenheiro principal de Michael, em projetos como Moonwalker e várias mixagens de dança e vídeo. E, em 1987, quando Michael comprou o rancho que se tornaria Neverland, ele me chamou de lado no estúdio e perguntou se eu poderia ajudá-lo a construir sistemas de som por lá. “Como onde?”, perguntei. “Vou comprar um trem e quero música no trem. Você pode fazer isso?”, ele perguntou. E assim, mais uma vez, nossa jornada juntos tomava um novo rumo.

    A verdade é que, além dos momentos grandiosos, o que realmente importava era a pessoa que Michael era para mim e para minha família. Ele era mais do que um artista lendário. Ele era um amigo. Um amigo que, com um simples olhar, conseguia se comunicar sem dizer uma palavra.

    Uma amizade de 20 anos, dessas raras, que você valoriza para a vida toda.

    Penso em Michael frequentemente. Não é apenas saudade dos álbuns, dos shows, ou de Neverland. Sinto falta do meu telefone tocando às duas da manhã, minha esposa me acordando e dizendo: “É o Michael…” E então, do outro lado da linha, aquela voz tranquila: “Oi Brad, não te acordei, acordei?” E eu, mesmo meio sonolento, respondendo: “Não, Michael, não me acordou. O que aconteceu?”

    Esses momentos, essas memórias, são as que guardo no coração. Porque, no fim das contas, eram esses pequenos gestos que faziam tudo valer a pena.”

    por Brad Sundberg, profissional em sistemas de som