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As quatro outras capas do álbum "Invincible" de 2001.

‘Invincible’ Faz Jus ao Nome

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Andréa Luisa Bucchile Faggion

Por Andréa Luisa Bucchile Faggion;
Originalmente publicado na coluna “Amém”, Edcyhis (2001);
Republicação adaptada pela MJ Beats.


Invincible mal chegou ao mundo e já se coloca como um forte candidato a um dos melhores álbuns de música pop de todos os tempos. Claro, qualquer afirmação desse tipo carrega um pouco de subjetividade — e ninguém ouviu todos os álbuns já produzidos. Mas, para aqueles que torcem o nariz diante dessa ideia, fica o convite: ouça o novo álbum do Rei do Pop com atenção e sem preconceitos.

O primeiro desafio ao cético seria encontrar outro álbum onde um artista demonstre tamanha versatilidade, seja como compositor ou intérprete. Embora o R&B predomine, basta ouvir “2000 Watts” e, em seguida, “Butterflies” para duvidar que se trata do mesmo cantor. O mesmo vale ao comparar “Unbreakable” com “Speechless“, ou “Break of Dawn” com “Heartbreaker“.

Outro ponto a ser considerado: a criatividade. É verdade que “You Rock My World” e “Butterflies” remetem diretamente ao espírito de Off the Wall, e que algumas baladas não chegam a revolucionar o que ouvimos nas rádios. Mas é preciso lembrar: arte é criação, não imitação. E Invincible não é apenas um apanhado de fórmulas já consagradas — nem mesmo quando olhamos para dentro da própria obra de Michael.

“2000 Watts“, por exemplo, embora não seja a faixa mais criativa do disco, apresenta Michael em um registro vocal inédito. Se antes ele flertava com a música eletrônica, aqui parece ter oficializado a união. E tanto em “2000 Watts” quanto em “Heartbreaker“, repletas de experimentações sonoras, Michael não entrega simplesmente versões “michaelianas” de batidas eletrônicas genéricas. Ele cria algo novo — até mesmo na forma como transforma seu icônico “aaow”.

Mas a prova definitiva da capacidade de reinvenção de Michael nas faixas dançantes é “Unbreakable“. Clássica em sua estrutura — com uma base rítmica que conduz a construção da faixa e um rap intercalado —, é um exemplo perfeito de como ele consegue olhar para frente sem se prender ao passado. Ainda assim, não são apenas as faixas rápidas que surpreendem. Seria injusto não destacar “Speechless“.

Mesmo com um final um pouco piegas (uma fraqueza recorrente em algumas composições de Michael[*]), a canção se diferencia claramente das baladas repetitivas e açucaradas do mercado. O instrumental serve de pano de fundo para a voz de Michael, que brilha de forma simples e original.

Agora, para quem esperava um tipo de música completamente novo, Invincible pode soar aquém das expectativas. Mas seria justo cobrar uma nova revolução? Michael já mudou a história da música pop uma vez — e poucos artistas na história da arte fizeram isso mais de uma vez. O que diferencia Michael de muitos outros gênios é justamente sua recusa em se acomodar. Ele não ficou preso ao estilo que criou. Em vez disso, sempre apresentou novas variações de sua própria revolução. Nesse sentido, Invincible não decepciona — ao contrário, talvez seja sua melhor “variação”. Não é revolucionário porque já é fruto de um gênio maduro, ainda em plena criação.

Outro destaque é o equilíbrio do álbum. Com 16 faixas, seria difícil apontar uma que soasse deslocada em um top 5. Em Invincible, Michael entrega qualidade em quantidade.

Ainda assim, não surpreende que o álbum tenha recebido críticas mistas. Muitos dirão que sua variedade é apenas uma jogada de marketing para agradar diferentes públicos. Mesmo que se reconheça a inovação — ao menos em relação aos trabalhos anteriores de Michael —, haverá quem veja nisso uma estratégia para atrair ouvintes mais jovens.

Como dizem os fãs: “se Michael Jackson caminhasse sobre as águas, a imprensa diria que ele não sabe nadar.”


[*] Este texto foi adaptado para refletir os valores e diretrizes atuais, com o objetivo de preservar sua relevância e respeito ao público contemporâneo.

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