Michael Jackson e a história dos dois clipes de Dirty Diana

Em 14 de abril de 1988, o vídeo espetacular de Michael Jackson, Dirty Diana, fez sua estreia oficial na MTV.

Dirigido por Joe Pytka, também diretor de The Way You Make Me Feel e Heal the World, o videoclipe do quinto single do álbum Bad contou com a participação de duas personalidades: a modelo americana Lisa Dean e o guitarrista Steve Stevens.

Jackson que a essa altura estava em turnê com a sua triunfante Bad World Tour, optou por fazer um vídeo que não fosse muito exigente, mas mesmo assim, icônico. As filmagens começaram em março de 1988 em Long Beach, Califórnia. No set, duas câmeras diferentes capturaram os movimentos do Rei do Pop.

Porém um inesperado acidente aconteceu nos bastidores: durante as gravações, MJ escorregou e caiu [de bunda] no chão, atingindo o cóccix — que o obrigou a descansar alguns dias. Pytka, incapaz de se dar ao luxo de esperar, decidiu prosseguir com as gravações e focar nos close-ups de “Diana”, interpretada pela modelo Lisa Dean, enquanto caminhava pelas ruas.

Depois de ver o material, o editor do clipe, Larry Bridges — que havia trabalhado com Bob Giraldi na edição final do videoclipe “Beat It” e apoiou Pytka no projeto — sugeriu a filmagem de uma segunda versão de “Dirty Diana”.

O novo roteiro incluiria cenas ao vivo e a participação de algumas groupies, no entanto, esta versão foi interrompida pelo produtor do vídeo; Larry Stessel, que criticou duramente Pytka e Bridges, acusando-os de distorcer completamente a natureza sensual, rock e subversiva da música.

O que foi uma surpresa, considerando que Michael não muito antes havia declarado em uma entrevista para a “Ebony” em 12 de novembro de 1987, que “Dirty Diana” era uma de suas canções favoritas do álbum porque “muitas histórias que já vivi tem a ver com groupies ”.

Dirty Diana — [Versão de Larry Bridges]

Quando Stessel disse a Jackson e Frank DiLeo que a primeira edição não era tão boa o suficiente, os dois pensaram em substituir o diretor mas Joe tinha experiência de sobra e teve uma segunda chance e em poucos dias, entregou ao mundo a versão final do videoclipe “Dirty Diana”.

Nesse novo roteiro, as técnicas de edição tornaram a alternância dos pontos de vista dos dois protagonistas muito mais dinâmica. As groupies foram eliminadas enquanto o set foi transformado em um show ao vivo graças ao acréscimo de centenas de figurantes.

O resultado final, na sua essencialidade, é um produto repleto de closes com um Michael Jackson selvagem, desencadeado na “fase ao vivo”.

Tudo funciona perfeitamente e reflete totalmente o espírito do rock de “Dirty Diana”.

“Dirty Diana” estreou em 14 de abril de 1989, durante a primeira edição do “World Music Awards”, Michael ganhou dois prêmios pelo videoclipe: o “Prêmio Philips Hall da Fama” e o “Vídeo Número Um do Mundo”, ambos dados a ele pela inesquecível, Whitney Houston.

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