Em meados dos anos 80, após o sucesso sem precedentes de “Thriller” (1982), Michael Jackson era a pessoa mais popular do planeta e parecia que nada que ele fizesse poderia dar errado. Seu flerte com o rock, por exemplo, uma parceria com Eddie Van Halen em “Beat It”, evidenciava seu toque de Midas.
Até por isso, as expectativas não poderiam ser mais altas para o novo flerte do Rei do pop com o rock: a faixa “State of Shock”, do álbum do The Jacksons, “Victory” (1984). Originalmente como uma colaboração com Freddie Mercury que até chegou a gravar três demos, entre elas a própria “State of Shock”, problemas na agenda do líder da banda Queen impediram um novo retorno ao estúdio. Sobrou para Jagger.
”State of Shock” foi um sucesso. No entanto, o encontro não deixou saudades no vocalista, que, em entrevista ao New York Times, reclamou do tempo em estúdio com o artista perfecionista chamado Michael Jackson:
”Praticamos escalas por duas horas e depois gravamos os vocais em duas tentativas. Quando ele me enviou a faixa finalizada mais tarde”, relembra Jagger, “eu fiquei meio decepcionado com a produção e a mixagem. Mas eu acho ele realmente um bom cantor”, concluiu.
Nos Estados Unidos, “State of Shock” chegou à terceira colocação no Top 100 da Billboard — o mais longe que Mick Jagger já chegou sem os Rolling Stones.
O resultado você pode conferir abaixo: