Cinema com Michael Jackson e Elizabeth Taylor

Eles desafiavam a prisão da fama fazendo coisas como sair disfarçados todas as tardes de quinta-feira para uma matinê de cinema

A origem da ligação entre Michael Jackson e Elizabeth Taylor era a semelhança entre a maneira como os dois haviam sido criados. Ambos haviam se tornado arrimo de família antes dos dez anos, empurrados por um pai/ empresário (no caso de Taylor, a mãe), cujo investimento neles tinha mais a ver com dinheiro do que com amor.

Taylor compreendia como poucos o relacionamento torturado de Michael com Joe Jackson. “Eu era uma estrela infantil aos nove anos, tive um pai rude e isso meio que nos uniu desde o início”, Taylor contaria a Oprah Winfrey em entrevista em 2005. “Nossos pais eram muito parecidos, difíceis, duros, brutais”, Michael havia explicado a Rabbie Boteach cinco anos antes. Mágoa e autoexaltação fundiram-se na mente dos dois e produziram uma relação amorosa.

Eles desafiavam a prisão da fama fazendo coisas como sair disfarçados todas as tardes de quinta-feira para uma matinê de cinema, sentar na última fileira, de mãos dadas, com um balde de pipoca entre eles. Taylor era uma visitante frequente em Neverland; ela e Michael tinham até mesmo seu lugar favorito de piquenique em um penhasco com vista para o parque de diversões.

Liz comprou um elefante para o jardim zoológico de Michael, e ele retribuiu presenteando-a, em sua festa de aniversário em Las Vegas, com um elefante do tamanho de uma bola de futebol, cravejado de pedras preciosas. No total, Michael lhe deu muito mais coisas do que ela a ele, presenteando-a com diversos colares, pulseiras e pingentes criados por seus designers de joias favoritos e aparecendo regularmente na casa dela com frascos dos perfumes mais caros do mundo. Em 1991, Michael foi o organizador, anfitrião e gastou 1 milhão de dólares no oitavo casamento de Taylor, com Larry Fortensky, um trabalhador da construção civil vinte anos mais jovem que ela, realizado em um gazebo em Neverland.

Publicou-se diversas vezes que Jackson havia criado no rancho uma espécie de santuário para Taylor, onde um aparelho de televisão cercado por fotos suas passava filmes da atriz 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso não era verdade, mas havia um enorme retrato de Jackson pendurado no corredor da casa de Taylor em Beverly Hills, no qual ele havia escrito: “Para o meu verdadeiro amor, Elizabeth”.

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