Michael Jackson: o defensor dos Artistas Negros na indústria fonográfica

Michael Jackson, um ícone da música, possuía uma visão clara sobre a indústria fonográfica e suas armadilhas, especialmente para artistas negros. Em  recente entrevista à People Magazine,  integrantes do grupo R&B Boyz II Men revelaram que o Rei do Pop alertou sobre os perigos de ser manipulado e explorado pela indústria.

A conversa com Jackson ocorreu após o grupo cantar os vocais de apoio na música “HIStory“, que aparece no álbum HIStory: Past, Present and Future, Book I. Sentados em uma sala nos bastidores, Jackson e os Boyz — na época formados por Wanya Morris, Nathan Morris, Shawn Stockman e Michael McCary“literalmente conversaram por horas”, lembrou Wanya.

“Depois de fazermos nossa parte, fomos para essa sala dos fundos onde Mike estava preparado e ele tinha um quadro — como um quadro visual”, recordou ocantor dos Boyz II Men. “Ele disse: ‘Escutem, essa indústria é louca e eles vão te usar. Vão te fazer correr de um lado para o outro, sem você entender o que está acontecendo até que mais tarde possa olhar para trás e ver os benefícios dos frutos do seu trabalho. E é aí que você vai perceber que fez a coisa certa. Mas a única maneira de fazer isso é saber o seu valor e nunca aceitar menos do que você sente que vale.’ E foi isso.”

A luta pela comunidade

Além de suas palavras, Michael Jackson demonstrou seu compromisso com a comunidade musical negra por meio de suas ações. Um exemplo marcante foi sua reação ao descobrir que a compra dos direitos de publicação dos Beatles implicava a posse das obras de Little Richard. Diante dessa injustiça, Jackson agiu prontamente, devolvendo os direitos a Little Richard como um gesto de respeito e reconhecimento pelo talento e pela contribuição do artista, que havia sido desvalorizado pela indústria ao longo dos anos.

Essas ações não apenas revelam a compreensão de Jackson sobre as injustiças enfrentadas pelos músicos negros, mas também sua determinação em corrigir essas injustiças sempre que possível. Seu legado não se limita apenas à música, mas também à sua luta contínua por justiça e igualdade na indústria musical.

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