”Como uma figura saída de um conto de fadas, Michael Jackson emergiu no palco de Estocolmo como uma presença andrógina e celestial, transportando o público para um mundo onde as fronteiras entre o real e o imaginário se dissolviam. Sua performance não era apenas um concerto; era uma experiência transcendental, onde as expectativas sobre gênero e identidade desapareciam diante de sua aura magnética.
Diante de uma plateia de 40.000 fãs hipnotizados, Jackson era mais do que um mero artista; ele era um catalisador de emoções, um ponto de luz em um universo de escuridão, dançando e girando como se estivesse desafiando a gravidade.
Seu talento era uma fusão de movimentos precisos, coreografias elaboradas e uma energia que parecia inesgotável.
Apesar de sua fama de ser reservado fora dos holofotes, no palco, Jackson se transformava em um tigre feroz, rugindo com uma confiança que hipnotizava a multidão. Suas palavras, geralmente suaves e tímidas, eram agora poderosas e ousadas, ecoando pelo estádio enquanto ele declarava seu amor repetidamente à plateia extasiada.
O espetáculo era uma sinfonia de luzes deslumbrantes, pirotecnia impressionante e mudanças de figurino que pareciam saídas de um sonho. Os músicos, coreógrafos e ilusionistas se uniam para criar um cenário que desafiava a imaginação, onde cada momento era mais surpreendente do que o anterior.
À medida que o show alcançava seu clímax, era evidente que Estocolmo estava testemunhando algo além do entretenimento comum. Era uma experiência única, onde o tempo parecia parar e as preocupações do mundo desapareciam.
E no centro de tudo isso estava Michael Jackson, um artista cujo talento transcendeu as barreiras do tempo e do espaço, deixando uma marca indelével na história da música e do entretenimento.”
por Mortensen, Dagens Nyheter
