James Brown e Michael Jackson: Pai e Filho

Michael Jackson, o Rei do Pop, encontrou sua maior inspiração no “Padrinho do Soul“, James Brown. Esta revelação moldou profundamente o jovem artista, influenciando cada passo de sua trajetória. O impacto de Brown foi mais do que admirável; foi transformador, proporcionando a Jackson uma visão única sobre a arte da performance.Para entender Michael Jackson em sua essência, é crucial vê-lo como um dançarino e performer. Sua habilidade como cantor e compositor era indissociável de sua presença de palco. Desde cedo, Jackson aprendeu com os mestres: Sammy Davis Jr., Jackie Wilson, Fred Astaire, e Gene Kelly. Mas foi James Brown quem realmente capturou seu coração e mente.

Aos oito anos, Jackson assistia aos shows de Brown nos icônicos teatros Regal e Apolo. Ali, nas coxias, ele absorvia cada movimento, cada grunhido e cada giro. “Depois de estudar James Brown das coxias”, recordava Jackson, “eu aprendi todos os passos, todos os grunhidos, todos os giros e voltas. Ele daria uma performance que te deixaria exausto, emocionalmente esgotado. Toda a presença física dele, o fogo saindo dos poros, era fenomenal.”

Jackson não apenas se inspirou nos passos de Brown; ele internalizou a energia e a paixão que Brown trazia ao palco. O ritmo vocal de Brown, com suas sílabas curtas e gritos emocionantes, tornou-se parte do DNA musical de Jackson.

Ele adaptou essa influência, fundindo-a com seu próprio estilo, mas a marca de Brown permaneceu profundamente enraizada.

James Brown foi para Michael Jackson o que Elvis Presley foi para John Lennon: um ícone transformador. A diferença é que Jackson teve o privilégio de observar seu ídolo de perto, aprendendo diretamente com ele.

Esta conexão íntima não só inspirou Jackson, mas também moldou sua evolução artística. Cada nota, cada movimento de Jackson carrega o legado de Brown, um tributo eterno ao “Padrinho do Soul”.

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