Mais do que um artista, Michael Jackson foi uma força da natureza que moldou a cultura global. Seu impacto não se restringiu às notas musicais ou à dança; ele se tornou um símbolo de transformação. Em um mundo dividido, Jackson usou sua arte para construir pontes, unindo raças, culturas e gerações. No entanto, a grandeza tem um preço, e o fardo de ser pioneiro trouxe consigo uma tempestade de ataques implacáveis.
A mídia, impulsionada por preconceitos velados e interesses de poder, não poupou esforços para rebaixá-lo, tornando-o o artista mais massacrado da era moderna.
No cerne desse ataque, estavam executivos que viam em Jackson uma ameaça à estrutura tradicional da indústria musical. Um homem negro que conquistou o domínio absoluto de um espaço que, por décadas, foi controlado por mãos brancas. Era como se a ascensão de Michael fosse um lembrete constante de que o controle havia escapado de suas mãos. No entanto, por trás desse ataque sistemático, surge uma questão mais profunda:
Por que a sociedade tem tanta dificuldade em aceitar o brilho de um gênio que não se conforma com suas expectativas?
Michael Jackson ousou ser grande, e isso incomodou aqueles que preferem manter as hierarquias intactas.
Talvez o aspecto mais doloroso dessa jornada tenha sido o abandono de figuras que poderiam ter sido seus aliados naturais. Oprah Winfrey, uma das maiores influências da mídia negra, ao invés de apoiar Jackson, optou por se aliar a David Geffen, um magnata de Hollywood cuja animosidade em relação ao artista remonta à década de 1990, quando Michael adquiriu o catálogo dos Beatles. Em vez de celebrar o feito de um artista negro quebrando barreiras, muitos preferiram cortejar os poderosos, buscando aceitação no círculo daqueles que historicamente excluíram pessoas como eles.
Michael Jackson, de certa forma, tornou-se um espelho da hipocrisia de Hollywood. Enquanto as acusações contra ele eram amplificadas e distorcidas, os verdadeiros abusadores da indústria permaneciam nas sombras, protegidos por uma rede de silêncio e poder. As alegações de pedofilia que pairaram sobre ele foram usadas como cortina de fumaça por aqueles que tinham seus próprios segredos a esconder. Era mais conveniente alimentar um espetáculo midiático do que confrontar as verdadeiras falhas morais que permeiam o mundo do entretenimento.
No final das contas, Michael Jackson transcendeu tudo isso. Ele sempre se via como indestrutível, com uma alma que não podia ser quebrada. E, de fato, apesar de todas as tentativas de destruir seu nome, seu legado permanece. A música de Jackson, sua arte e sua visão do mundo são um lembrete de que, mesmo diante das maiores adversidades, o verdadeiro gênio é aquele que resiste, deixando uma marca indelével na história.
Ele era bom demais para este mundo, e talvez seja por isso que o mundo nunca conseguiu compreendê-lo completamente…