Quando Michael Jackson gravou o curta-metragem Smooth Criminal, ele sabia que algo grandioso estava sendo criado. Entre todos os seus videoclipes icônicos, Smooth Criminal destacava-se como aquele que o Rei do Pop considerava seu favorito. A produção era uma dança meticulosa entre a música e os visuais, e Michael queria que cada detalhe brilhasse com perfeição.

Mas havia um componente que ainda estava fora do ritmo para ele: o som.

A produção do clipe foi intensa, atravessando semanas de trabalho exaustivo. Para Michael, não se tratava apenas de coreografias e ângulos de câmera precisos. O verdadeiro desafio era casar a música e a dança de uma forma que ecoasse em algo visceral, que pudesse ser sentido em cada célula do corpo. E, enquanto tudo parecia estar no lugar, ele sabia que o impacto sonoro não estava à altura de sua visão. Algo ainda faltava. Era o som que precisava ser elevado a uma nova dimensão.

Numa decisão inesperada, Michael pediu que caixas de som gigantes fossem instaladas no set. Ele queria sentir o som, não apenas ouvi-lo. A música tinha que invadir o ambiente, se misturar ao ar e se tornar parte da performance.

O diretor do curta, Colin Chilvers, relembra em tom humorado que os níveis de volume eram tão altos que chegavam a fazer o corpo vibrar. Para Michael, esse era o único jeito de realmente viver a música enquanto dançava.

Essa obsessão com o volume não era mero capricho. Colaboradores próximos revelavam que Michael acreditava que a música era mais do que apenas notas ou ritmos; era uma experiência sensorial completa. Para ele, o volume alto permitia que ele sentisse a batida em seu corpo, como se a própria música guiasse seus movimentos. Era assim que ele criava sua magia – deixando-se levar, literalmente, pelas vibrações sonoras.

Smooth Criminal não foi apenas mais um clipe. Foi o reflexo da busca incansável de Michael Jackson pela perfeição. E, para ele, a perfeição não era apenas visual. Era uma sinfonia em que cada elemento – música, dança e som – se uniam em perfeita harmonia.

Ali, Michael sentiu a música como queria que o mundo a sentisse: alta, intensa e avassaladora.

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