O cachorro que recusou fazer parte de ‘Thriller’

Nos bastidores de um dos maiores álbuns de todos os tempos, um episódio inusitado quase mudou o curso da introdução de Thriller. Bruce Swedien, o lendário engenheiro de som que trabalhou de perto com Michael Jackson, tinha um plano peculiar. Ao invés de efeitos especiais ou truques de estúdio, Swedien queria o toque autêntico de um lobo real para dar início à faixa icônica. Ou quase isso.A solução? Seu próprio cachorro, Max, um imponente Dogue Alemão de 90 quilos.

Max era, sem dúvidas, uma presença marcante no estúdio. Swedien acreditava que o gigantesco cão poderia soltar uivos de arrepiar. Com sua robustez e postura majestosa, Max tinha tudo para ser a estrela sonora da introdução. Mas, apesar de sua imponência, o Dogue Alemão não estava nada disposto a colaborar. Nem mesmo os hambúrgueres, que serviram como suborno canino, foram suficientes para convencer Max a soltar um único uivo para o álbum que transformaria a carreira de Michael Jackson.

Os dias se passaram, e o grande cão continuava impassível, fiel ao seu silêncio. Era preciso tomar uma decisão, e a solução estava bem ali no estúdio. Michael Jackson, com sua versatilidade vocal e sua capacidade única de imitar sons e ritmos, foi chamado para preencher o vazio deixado pelo relutante Max.

Em uma reviravolta inesperada, o Rei do Pop, que já dominava todos os aspectos da música, agora também seria o “lobo” de Thriller.

Foi Michael quem, com seu perfeccionismo e dedicação, gravou os uivos assustadores que ainda hoje arrepiam os ouvintes. A habilidade vocal do artista, que já impressionava o mundo, ganhou ainda mais profundidade naquele momento. Ele não apenas cantava ou dançava com maestria, mas era capaz de incorporar o que quer que fosse necessário para a visão artística de sua obra.

O resultado? Um dos álbuns mais vendidos da história, com uma introdução que se tornou icônica. E, por trás dessa magia, um pequeno segredo canino: Max, o gigante silencioso, que preferiu sua paz a se tornar parte do som de uma lenda.

Mas graças a ele, tivemos mais uma chance de testemunhar o gênio criativo de Michael Jackson, que, até quando se tratava de uivar, sabia fazer história.

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