Quincy Jones, um dos mais brilhantes produtores de todos os tempos, redefiniu a música ao lado de Michael Jackson. Mas é preciso mais do que um mestre para criar uma lenda — é preciso a alma de um rei.
A parceria entre eles, que culminou em álbuns imortais como Off the Wall, Thriller e Bad, nos faz lembrar de um detalhe essencial: sem Michael Jackson, Quincy Jones não teria o mesmo brilho. Juntos, eles transformaram o cenário musical, mas o brilho de Michael era algo que Jones, por mais talentoso que fosse, jamais poderia forjar sozinho.
Jones, com seu olhar aguçado e sua experiência, trouxe a Michael os melhores músicos e os recursos de produção de ponta. Ele lapidou o talento de um jovem artista, mas não podemos esquecer que foi o próprio Michael quem elevou cada uma dessas faixas a um nível incomparável.
Como co-produtor em todos esses álbuns, Michael trazia ideias e influências que transformaram músicas em experiências de tirar o fôlego. Ele não só compôs, mas também moldou cada arranjo e orquestrou cada performance. A melodia contagiante de “Billie Jean” é apenas um exemplo de sua visão artística, um som que o fazia dançar — e que, mesmo contestado por Jones, se tornou uma revolução no pop.
Quincy Jones, de fato, duvidou de “Billie Jean” ao ouvir sua introdução. Achava-a longa demais, mas para Michael, era exatamente esse prelúdio que preparava o momento mágico. Ele sabia que aquele baixo pulsante seria irresistível, que faria o público inteiro se entregar ao ritmo como se fosse um encantamento. No palco, aquele som transformava Michael em um dançarino sobrenatural, movendo-se em uma coreografia que ficaria para sempre gravada na história da música.
Imagine por um momento o mundo sem Billie Jean. Essa canção, que nasceu da mente de Michael, não só marcou sua carreira, mas revolucionou a cultura popular. Aquele ritmo, aquela batida — não foi apenas um sucesso de charts, mas uma assinatura que nos lembra que o próprio Michael Jackson, com seu talento em composição, fez-se maior do que qualquer gênero ou fronteira.
Quincy, claro, trouxe sua genialidade, mas Michael foi o artista que transformou uma produção grandiosa em uma narrativa universal.
Quincy Jones produziu para lendas como Frank Sinatra e Ray Charles, mas com Michael, ele encontrou uma força insuperável, alguém que rapidamente superou o brilho de todos os seus trabalhos anteriores. Michael Jackson transcendeu a música para se tornar um ícone mundial, conhecido e amado em cada canto do planeta.
E assim, enquanto o nome de Quincy Jones está eternamente ligado ao sucesso de Michael Jackson, é a imagem de Michael, com sua luva cintilante e movimentos incomparáveis, que nos faz lembrar de que, nessa obra prima chamada pop, o rei é ele.