Por que insistem em comparar Michael Jackson?
Comparar artistas atuais a Michael Jackson não é apenas uma falta de respeito à memória de um ícone falecido, mas também reflete a insegurança de uma indústria que tenta desesperadamente encontrar um “novo Rei do Pop”.
Essa busca frenética acaba elegendo um “Rei” diferente a cada semana, sem compreender que o título de Michael não foi dado pelo momento, mas conquistado por uma vida de impacto global. Ele não era apenas famoso; era universal. Do maior palco em Tóquio ao mais remoto vilarejo na África, o nome “Michael Jackson” era conhecido e admirado.
Essas comparações ignoram que Michael Jackson se tornou o fenômeno que foi em uma época sem as facilidades de hoje. Nos anos 80 e 90, ouvir música ou assistir a um clipe exigia esforço. As pessoas saíam de casa, enfrentavam filas e vestiam suas melhores roupas para comprar um disco ou assistir a um lançamento na TV. Não havia streaming, playlists ou redes sociais. Era preciso buscar ativamente a experiência, e Michael não só atraía, mas mobilizava multidões. Cada álbum, cada clipe e cada show era um evento que unia pessoas de todas as idades e lugares. Hoje, com a modernização e a facilidade de acesso, a música perdeu essa interação humana tão significativa, o que torna o impacto de Michael ainda mais notável.
Além disso, comparar artistas de hoje com Michael subestima o que ele representava. Ele não era apenas um cantor de sucesso; era um visionário que criava movimentos, moldava estilos e inspirava gerações. Michael não seguia tendências; ele as criava. Sua música e sua dança transcenderam barreiras culturais e linguísticas, conectando pessoas em um nível profundo que nenhum algoritmo moderno consegue reproduzir. Ele era um artista completo, envolvido em cada detalhe de sua obra, algo raro de se ver nos dias de hoje.
Essas comparações também refletem a efemeridade da fama atual. Enquanto Michael construiu um legado que resiste ao tempo, muitos artistas de hoje dependem de números momentâneos, como seguidores ou visualizações, que não representam um impacto duradouro. Michael não precisou disso. Ele criou álbuns que são verdadeiras obras-primas, clipes que marcaram gerações e performances que redefiniram o entretenimento. Seu legado não está nos números, mas no coração das pessoas que ele tocou.
Michael Jackson não precisa de substitutos. Ele é um fenômeno que transcende seu tempo e sua coroa não será passada. Em vez de gastar energia comparando, deveriam celebrar o legado incomparável que ele deixou e reconhecer que o verdadeiro impacto de um artista vai muito além das métricas temporárias. Michael não era apenas um Rei do Pop; ele era e continua sendo um ícone universal, um artista cuja grandeza não pode ser replicada.
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