Michael Jackson e a Moda: Um espetáculo além da música

Michael Jackson nunca deixou nada ao acaso – cada peça de roupa, cada acessório e cada costura faziam parte de um espetáculo maior. Para ele, sua imagem era uma extensão de sua arte, e até os sapatos tinham um papel essencial. Nunca engraxou os próprios sapatos, pois não queria nada que pudesse afetar sua dança.

E os modelos? Sempre Mocassim, os mesmos que usava desde a infância, quando aprendeu a deslizar pelo palco como ninguém.

Dono de uma sensibilidade única para tecidos e texturas, Michael nunca usou nada feito de lã ou pele. Seu guarda-roupa refletia um compromisso não apenas com o conforto, mas também com suas crenças. Em contraste, materiais como strass, contas e tecidos naturais faziam parte de sua identidade visual, criando um efeito mágico sob as luzes do palco.

Cada figurino tinha um propósito. Para Michael, todo conjunto precisava ter um ponto focal, algo que capturasse a atenção do público e se tornasse inesquecível. Esse detalhe poderia estar em uma luva cravejada de cristais, em uma faixa militar reluzente ou em um casaco que exalasse grandeza.

Seu favorito? Uma jaqueta militar branca, adornada com pérolas.

Suas referências iam muito além da moda contemporânea. Michael Jackson se inspirava na grandiosidade dos monarcas britânicos, no brilho hipnotizante do ouro egípcio e na perfeição artística de Michelangelo. Ele entendia que a moda, assim como a música, tinha o poder de contar histórias e transmitir emoções. Era um artista completo, cuja estética transcendia o tempo.

Mais do que um ícone musical, Michael Jackson foi um visionário que soube transformar cada detalhe de sua aparência em um elemento de espetáculo. Do palco às capas de revista, sua presença era inconfundível, não apenas pela dança ou pela voz, mas pela forma como cada peça de roupa ampliava sua essência.

Seu legado na moda continua a inspirar gerações, provando que sua arte não tinha limites – nem na música, nem no estilo.