Arquivo HIStórico: Michael Jackson – A maior estrela da música pop mundial no Brasil

Arquivo HIStórico: Michael Jackson – A maior estrela da música pop mundial no Brasil

Na noite de sexta-feira, São Paulo não dormiu. Mais de 70.000 pessoas se reuniram no Estádio do Morumbi, ansiosas, impacientes, como se aguardassem a chegada de algo maior do que um show — algo quase celestial. E foi exatamente isso que receberam. Quando Michael Jackson pisou no palco pela primeira vez com sua turnê Dangerous, o Brasil foi atravessado por um terremoto de luz, som e emoção. A maior estrela da música pop mundial não apenas entregou um espetáculo, ele redesenhou os limites daquilo que se entende por performance artística.

O que se viu ali não foi um cantor. Foi uma força da natureza. Planejado nos mínimos detalhes, o show mantinha um equilíbrio assombroso entre precisão técnica e energia explosiva. Michael surgia, desaparecia, explodia, congelava, girava como um furacão encantado. Seus gestos intermitentes, as pausas dramáticas, os silêncios calculados — tudo era coreografado com a maestria de um maestro em transe. Cada movimento era um feitiço. E cada feitiço, uma pequena revolução.

Enquanto a multidão gritava em uníssono, o palco ardia. Literalmente. Fogos, luzes, vídeos, truques de ilusionismo, efeitos que pareciam mágicos aos olhos de uma plateia sedenta por encantamento. Mas o maior efeito especial era ele mesmo, Michael. Mudava de roupa dezenas de vezes, suava litros, derretia seu próprio corpo em dança. Perdia até 4 quilos por noite, como se queimasse em sacrifício para agradar seus deuses — os fãs. Era impossível desgrudar os olhos dele.

Para muitos que estavam lá, aquele momento foi mais que um espetáculo — foi um rito de passagem. Um evento que marcou a alma. Homens choravam, mulheres tremiam, crianças sorriam em êxtase. Era a prova, viva e incontestável, de que a música é capaz de parar o tempo. Michael Jackson, como poucos na história da humanidade, era capaz de suspender a realidade e criar um universo onde tudo era possível. Inclusive voar.

A turnê Dangerous não era apenas um show, era um manifesto estético, político e emocional. Michael não vinha apenas cantar sucessos. Ele vinha lembrar ao mundo que a música tem poder de cura, de denúncia, de união. Havia mensagens contra o racismo, a pobreza, a guerra. E tudo isso embalado por uma voz suave e um corpo que dançava como se obedecesse a comandos vindos do espaço. Era, ao mesmo tempo, humano e sobre-humano.

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4 comments

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Conceição Ap Camilo

Cantor vc como Michael Jackson nunca mais o mundo vai ver ele era o único nesse mundo um ser humano incrível até hoje eu não acredito que ele se foi saudades Michael

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Celina Maria Macena

Michael era um espetáculo como pessoa, e como show Man ficará para sempre nos corações de quem o amava🌟I love you Michael ❤️

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Cléo Galindo

Ele foi Único, nem de longe, outro chegou ou fez o que ele fez, como Compositor, dançarino, Interpretação, humanitário… Único mesmo!
Saudades Eternas… Quanto daria se aqui estivesse!
Talvez não mais Shows, como ele mesmo disse, talvez nas Telonas. Ou seja Cinema!!
15 anos, e parece ter sido ontem…Não dá pra não chorar… ainda!

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Ricardo

O ano era o longínquo 1993, o Brasil estava eufórico para ver de perto este ser de outro planeta. Michael estivera aqui nos anos 70 com os irmãos, mas era sua fase embrionária, o publico desejava ver MICHAEL JACKSON, o homem capaz até de parar uma guerra com sua arte e a turnê Dangerous, naquele momento era a mais completa, onde Michael fazia um retrospecto de tudo o que produzira até ali, que já era mais do que suficiente para completar sua discografia, o que veio depois foi mais para reforçar. Naquele começo de anos 90 o Brasil jamais havia recebido um espetáculo dessa magnitude. Por onde Michael passou deixou história e saudades. Ele ainda nos visitaria em 1996 , para a gravação de um clipe, mas ve-lo no palco performando, isso não se repetiu nunca.

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