A história da guitarrista que dominou o palco com o Rei do Pop Michael Jackson

A história da guitarrista que dominou o palco com o Rei do Pop Michael Jackson

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Não havia palco. Não havia plateia. Nem banda. Apenas uma câmera e o som frio do silêncio. Era 1987, e Jennifer Batten, aos 29 anos, estava prestes a viver o momento mais decisivo de sua carreira. Tudo parecia informal demais para ser uma audição com o maior artista do planeta.

Mas foi ali, naquela sala vazia, que ela mudaria sua história. O que parecia uma oportunidade distante revelou-se o primeiro passo para uma década ao lado de Michael Jackson.

De professora de música à guerreira das cordas

Jennifer Batten não era uma iniciante. Dava aulas em uma escola de música e fazia parte de pequenas bandas, mas estava longe dos holofotes. Quando ouviu que Michael Jackson procurava um novo guitarrista, algo despertou dentro dela. Não tratou a notícia como boato — tratou como chamado. Sabia que mais de cem músicos estavam sendo testados. Sabia que só teria uma chance. E se preparou como se a guitarra fosse sua armadura.

Improviso sob pressão: a arte de dominar o inesperado

A audição não seguiu nenhum roteiro. “Não tinha banda. Só um cara filmando”, contou ela, anos depois. Para muitos, a ausência de estrutura teria sido desanimadora. Para Jennifer, foi o início da performance da sua vida. Sem amarras, sem ensaio, ela transformou a incerteza em palco. Tocou funk como pediram, mas deixou que o instinto a guiasse. Sua guitarra falou por ela — e disse exatamente o que precisava ser dito.

Um solo entre o jazz e o pop que selou seu destino

Quando percebeu que poderia ir além, entregou tudo: mergulhou no jazz e trouxe à tona o caos técnico de Giant Steps, de John Coltrane. Era ousado. Era arriscado. Mas era autêntico. No fim, ainda tocou Beat It, sucesso de Jackson que já dominava em uma banda cover. Esse detalhe, inesperadamente, poderia ter sido o que selou sua entrada no time. Era a conexão perfeita entre técnica, repertório e coragem.

A era de ouro ao lado do Rei do Pop

O que veio depois foi história. Jennifer Batten não só passou na audição — ela entrou para a lenda. Ao lado de Michael Jackson, percorreu o mundo em turnês que redefiniram a música ao vivo. Tornou-se imagem marcante com seu visual ousado e solos explosivos. Era impossível não notar sua presença nos palcos da Bad, Dangerous e HIStory Tour.

Jennifer não apenas tocava: ela incendiava. E tudo começou naquela tarde sem aplausos.


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