Hollywood sempre exerceu um fascínio poderoso sobre Michael Jackson. O Rei do Pop não apenas revolucionou a música, mas também tinha uma profunda admiração pelo cinema.
Sua coleção pessoal incluía itens raros de Os Três Patetas e Shirley Temple, e ele cultivava amizades com ícones como Elizabeth Taylor e Marlon Brando. No rancho Neverland, seu refúgio particular, Michael exibia clássicos em uma tela gigante, absorvendo a magia da sétima arte com o mesmo entusiasmo de uma criança diante de um novo brinquedo. Não era apenas um espectador; era um verdadeiro apaixonado por histórias visuais.
Foi esse amor pelo cinema que o levou a visitar o set de um dos filmes mais emblemáticos da década de 1980: Os Goonies. Dirigido por Richard Donner e produzido por Steven Spielberg, o longa-metragem capturou o espírito de aventura juvenil como poucos conseguiram. Em 1985, durante as filmagens, Michael Jackson fez uma aparição nos bastidores, surpreendendo elenco e equipe com sua presença ilustre. Ele já havia se tornado uma lenda viva após o estrondoso sucesso de Thriller, e sua simples chegada ao set transformou o dia em um evento memorável.
Os jovens atores, incluindo Sean Astin e Corey Feldman, ficaram extasiados ao ver o ícone da música tão de perto. Corey, que anos mais tarde se tornaria um dos amigos mais próximos de Michael, relembrou em entrevistas a emoção de tê-lo ali. O Rei do Pop, por sua vez, demonstrou um genuíno interesse pela produção, perguntando sobre os cenários, os efeitos especiais e a experiência de filmar uma aventura tão fantástica. Sua visita não foi apenas um momento de celebração para os envolvidos, mas também um reflexo de sua paixão pelo universo cinematográfico.


Há rumores de que Spielberg e Michael tinham conversas sobre possíveis colaborações, incluindo a ideia de um filme estrelado pelo cantor. No entanto, esses projetos nunca se concretizaram. Apesar disso, a influência do cineasta e sua forma de contar histórias foram evidentes em trabalhos futuros de Michael, como o icônico curta-metragem Moonwalker e até mesmo os elementos narrativos de clipes como Bad e Smooth Criminal. A conexão entre os dois gênios do entretenimento sempre foi marcada por respeito e admiração mútua.
A visita ao set de Os Goonies foi um daqueles momentos que parecem saídos de um roteiro de Hollywood: um encontro inesperado entre um dos maiores astros da música e um dos filmes mais queridos de uma geração. Para Michael, foi mais uma oportunidade de mergulhar no mundo que tanto amava. Para os fãs e a equipe do filme, foi um dia que jamais seria esquecido. A simples ideia de que o Rei do Pop caminhou pelos mesmos corredores escuros da caverna fictícia do filme adiciona uma camada extra de magia à produção.
Michael Jackson nunca escondeu seu desejo de se aventurar mais profundamente no cinema, mas, como muitos de seus sonhos, esse ficou no campo das possibilidades não exploradas.
Por obra do acaso, quem esteve em meio à produção do clássico Os Goonies foi uma outra estrela do pop contemporânea do Michael, trata-se de Cindy Lauper. Quem da geração dos anos 80 não passou tardes na companhia dos garotos aventureiros ao som de “The Goonies are good enough” ?, a canção embalou a infância de muitos, porém, Michael Jackson teria sido a opção mais apropriada, afinal ele tinha o perfil ideal para ser um desbravador do navio do pirata Willie Caolho . A começar por ser uma eterna criança., gostar de se divertir, adorar histórias de fantasia, como se vê em seus clipes. Ele poderia ser um Goonie, afinal Michael Jackson é bom o suficiente.