A origem de todas as acusações contra Michael Jackson tem um nome e sobrenome: Víctor Gutiérrez, um jornalista chileno que baseou sua carreira jornalística em assediar figuras públicas e mentir sobre elas

Vamos falar sobre Víctor Gutiérrez, jornalista e atualmente diretor executivo da rede de TV chilena LaRed. Esperamos que esse artigo ajude você a descobrir quem realmente é essa pessoa:

por Pablo Rodríguez, escritor e autor de Volviendo a Neverland

Aos 16 anos, um jovem chileno de temperamento inquieto ingressou no Instituto de Artes da Comunicação de Santiago. Seu nome: Victor Gutierrez. Inteligente e mais provocativo, o logotipo de Gutiérrez se tornou uma presença desconfortável nos corredores da escola. Seu comportamento corrosivo em relação aos colegas culminaria em um destino precoce: a expulsão.

Em 1984, eles cruzaram fronteiras em busca de reinvenção. Los Angeles, com seus contrastes vibrantes e fervorosas comunidades latinas, se tornaria seu novo palco. Ela encontrou abrigo no universo sensacionalista de dois tabloides hispânicos, onde uma manchete valia mais que a verdade.

Três anos depois, em 1987, uma entrevista com um médium mudaria momentaneamente seu destino. Ele previu um terremoto devastador para o dia 12 de outubro. Gutiérrez carimbou “profecia” na primeira página. O pânico foi imediato. Centenas de milhares de latinos abandonarão a cidade, tentando escapar de um desastre que nunca aconteceu. O dia vendeu 150.000 cópias — um recorde. A mentira deu lucro.

Mas foi em 9 de janeiro de 1995 que Víctor Gutiérrez gravaria seu nome em um dos dois capítulos mais sombrios da mídia.  Diane Dimond, apresentadora do programa Hard Copy, foi ao anunciou que havia um vídeo de Michael Jackson abusando de um menor.

Para a fonte? Um diarista chileno chamado Víctor Gutiérrez.

Dimond admitiria mais tarde que nunca tinha visto o vídeo. Mas o estrago já estava errado. Uma história não comprovada havia dado credibilidade — e Gutiérrez, mais uma vez, transformou o sensacionalismo em manchete.

Víctor Gutiérrez dizia ter revelado a “prova definitiva” em um quarto do Century Plaza Hotel — uma fita incriminadora que, segundo ele, fora exibida pessoalmente à mãe de uma suposta vítima de Michael Jackson. Ele afirmava ter bancado o quarto do próprio bolso. Mas quando os registros do hotel foram verificados, uma névoa desconcertante se instalou: o nome de Gutiérrez simplesmente não constava.

Nenhuma estadia. Nenhuma fita. Nenhuma verdade.

A mãe do menino, envolvida sem consentimento nesse enredo sombrio, quebrou o silêncio em sua autobiografia. Em páginas carregadas de indignação e dor, ela escreveu:

A história era uma mentira ultrajante. Nada era verdade. Eu não conheci aquele homem. Não havia fita. Michael nunca me pagou pelo meu silêncio. Ele nunca abusou de Jeremy. — Jackson Family Values (Newstar Press, 1995)

A explosão da farsa obrigou Michael Jackson a tomar medidas legais. Ele moveu um processo contra Diane Dimond e Víctor Gutiérrez — duas peças-chave na engrenagem da calúnia. Dimond, protegida pelo manto jurídico do promotor de Santa Bárbara, Tom Sneddon, escaparia ilesa.

Mas Gutiérrez não teve a mesma sorte.

A Justiça americana abriu uma investigação criminal contra ele, baseada nas acusações infundadas e perigosamente irresponsáveis. O jornalista que uma vez brincou com o medo de terremotos agora enfrentava o próprio abalo sísmico de sua carreira — provocado por suas próprias mãos.

Quando o cerco apertou e as autoridades exigiram provas concretas da gravíssima acusação feita por Víctor Gutiérrez — a existência de uma fita de vídeo mostrando Michael Jackson abusando de um menor —, esperava-se que ele finalmente revelasse o que alegava possuir. Afinal, foi essa suposta gravação que acendeu um dos maiores incêndios midiáticos da década, tendo sido anunciada em rede nacional pela jornalista Diane Dimond como uma “bomba” prestes a explodir.

Mas quando chegou a hora da verdade… surpresa.

Gutiérrez não tinha fita nenhuma.

Nenhuma imagem. Nenhum trecho. Nenhum frame. Nenhuma cópia, nem sequer um indício de que o tal vídeo um dia existiu. Confrontado pela Justiça, ele foi incapaz de apresentar qualquer prova que sustentasse sua acusação. Nenhum registro oficial. Nenhuma testemunha ocular. Nada.

A “fita” que supostamente mostraria um crime hediondo nunca passou de uma invenção.

Durante o processo, o detetive Eric Mason reproduziu uma conversa que teve com um jornalista chamado Ken Wells, que, por sua vez, conversou com Víctor Gutiérrez sobre o assunto.

Estas foram suas palavras:

“O Sr. Wells me disse que em 2 de julho de 1997, o Sr. Gutiérrez e seu advogado, o Sr. Goldman, foram à casa do Sr. Wells para discutir a produção das supostas imagens. Gutiérrez disse a Wells todas as conexões que ele tinha no negócio dos tabloides …

… e que ele vendeu muitas histórias, algumas das quais eram simplesmente mentiras inventadas. Segundo Wells, Gutiérrez disse que dinheiro no negócio dos tablóides era fácil, mesmo com histórias falsas.’’

Sobre o vídeo de MJ, Gutiérrez disse a Wells: “O juiz me pediu para apresentar a fita, mas eu não posso.” Wells perguntou a Gutiérrez se ele já tinha visto a fita e ele respondeu com uma risada:

“Bem, você sabe como são essas coisas …”.

Víctor Gutiérrez perdeu o julgamento e teve que indenizar Michael Jackson em 2,7 milhões de dólares pelos danos causados.

Ele fugiu dos Estados Unidos, onde morava desde 1984, declarou falência e nunca pagou a dívida (até hoje).

Mas Víctor Gutiérrez não parou por aí. Como um incendiário que volta ao local do incêndio para espalhar mais fumaça, em 1996 ele lançou ao mundo um livro de título explosivo: “Michael Jackson Was My Lover: The Secret Diary of Jordan Chandler”. A promessa era clara — revelar o suposto diário íntimo do garoto que, anos antes, havia abalado a reputação do astro global.

O livro chocou, vendeu… e mentiu.

Nenhuma linha daquele suposto diário fora escrita por Jordan Chandler. A própria família Chandler, já envolvida até o pescoço em controvérsias e desmentidos, tratou de negar publicamente qualquer vínculo com a obra. Em declarações categóricas, rejeitaram a existência do tal diário e condenaram a publicação como uma fabricação sem escrúpulos.

Era mais uma peça de ficção travestida de revelação.

Jordan Chandler, em comunicado oficial feito em 14 de agosto de 1997, negou qualquer relação com Gutiérrez.

Ninguém nunca viu aquele diário. Gutiérrez não explica em nenhum momento como o obteve e nem mesmo o entregou à polícia quando solicitou como parte da investigação.

Até a jornalista chilena María Barraza confessou via Twitter que Víctor Gutiérrez lhe confessou na hora do almoço que a história do livro havia sido inventada.

Agora, partindo do princípio de que seu livro é falso, de onde vem toda a imaginação de Gutiérrez?

Vamos nos aprofundar no conteúdo deste diário para entender quais são as verdadeiras fantasias de Víctor Gutiérrez:

Em seu livro, Gutiérrez descreve em termos MUITO explícitos as alegadas relações sexuais de Michael Jackson com crianças, especialmente com Jordan Chandler. Mas o mais surpreendente não são os detalhes gráficos e obscenos dos alegados atos (que não iremos citar) mas a forma que Gutiérrez expressa em suas próprias palavras que essa alegada relação sexual entre MJ é algo positivo e não deve ser reprovado!

O livro não fala de uma suposta vítima, mas sim de uma “história de amor”.

Uma história preciosa que foi arruinada pelo “preconceito perverso” da sociedade e pela ganância dos pais. Essa ideia perturbadora a favor da pedofilia é defendida nos créditos e no prefácio do livro.

Um livro dedicado a NAMBLA.

Mas o que é NAMBLA?

“North American Man / Boy Love Association” é uma organização pedófila que defende relações sexuais entre adultos e crianças.

Aqui, algumas das palavras de Gutiérrez em seu livro:

‘‘Michael Jackson é um pedófilo, o que aos olhos da sociedade o torna um ‘criminoso’. Era confuso para mim referir-me às crianças como vítimas ou ex-amantes. Os especialistas indicam que as relações sexuais entre adultos e menores às vezes são amorosas e não têm um efeito negativo na vida do jovem. Talvez daqui a 100 anos, as pessoas aceitarão mais esse tipo de história de amor.’’

Isso é nojento!

A relação entre Víctor Gutiérrez e o NAMBLA começou em 1986, quando o jornalista participou pela primeira vez de um encontro em Los Angeles (algo que ele próprio reconheceu). Nessas reuniões, ele ouviu que alguns dos membros consideravam MJ um exemplo a seguir pela estreita relação que Jackson tinha com as crianças.

Gutiérrez viu em Jackson um escolhido para estabelecer na sociedade a normalização das relações intergeracionais.

Após publicar sua obra infame — dedicada a uma organização pró-pedofilia —, Víctor Gutiérrez decidiu abandonar de vez qualquer vestígio de jornalismo tradicional. Ele deixou o emprego no tabloide e mergulhou em uma nova missão pessoal: construir um caso, a qualquer custo, contra Michael Jackson.

Mas, em vez de buscar a verdade, ele optou por fabricá-la.

Gutiérrez passou a se reunir com ex-funcionários que trabalharam em Neverland — jardineiros, seguranças, motoristas, ex-cozinheiros — gente comum que, até então, jamais havia feito qualquer acusação contra o cantor relacionada a crianças. Nenhum deles havia denunciado abusos. Nenhum deles possuía provas. Nenhum deles sequer tinha algo relevante a dizer.

Mas Gutiérrez tinha uma oferta.

Segundo diversos relatos, ele pagou essas pessoas, ou prometeu retornos financeiros futuros, caso estivessem dispostas a colaborar com um plano muito específico: vender histórias sórdidas e sensacionalistas sobre Michael Jackson aos tabloides.

Essas “revelações” começaram a pipocar nas páginas dos jornais sensacionalistas do início dos anos 90 — recheadas de teorias bizarras, cenas inventadas e supostas “confissões” sem qualquer lastro na realidade. Mas havia um detalhe ainda mais perturbador: as histórias eram surpreendentemente parecidas com os capítulos fictícios do livro que Gutiérrez havia lançado meses antes.

Era como se a ficção estivesse sendo injetada, cuidadosamente, no noticiário.

Coincidência? Dificilmente.

Ao que tudo indica, Víctor Gutiérrez não apenas inventou uma narrativa — ele a espalhou com método e intenção, manipulando pessoas simples com promessas de dinheiro e fama efêmera. Criou um ecossistema de mentiras em que seus delírios literários ganhavam ares de verdade jornalística, reciclando fantasias em forma de manchete.

Michael Jackson, por sua vez, se tornava o alvo de uma campanha meticulosa, construída com base em histórias compradas, testemunhos desmoralizados e nenhuma prova concreta.

Por meio dos Chandlers, Victor obteve fotos da família para ilustrar seu livro. Assim como o desenho que seria o pênis de Michael Jackson para elaborar uma descrição cheia de erros que não coincidiam com a realidade.

O livro de Víctor Gutiérrez também descreve cenas pornográficas muito chocantes entre o músico e outras crianças, como Brett Barnes ou Macaulay Culkin.

Ambos continuam hoje, e mais do que nunca, defendendo a inocência de Michael Jackson.

Com tudo isso, em maio de 1999, o departamento do xerife confiscou todos os exemplares do livro de Gutiérrez por ordem judicial.

Sem entrar em todas as contradições e erros presentes neste livro de propaganda pedófila, podemos supor que Gutiérrez contatou a família Chandler muito antes das acusações contra MJ.

O pai de Jordan Chandler presumiu que ele havia sido “convencido” por terceiros de que o relacionamento de seu filho com MJ ia além de uma simples inocente amizade. Sabe-se que Gutiérrez teve estreito contato com os Chandler no período em que foram feitas as denúncias.

Foram eles que treinaram Jordan Chandler para “arquitetar” as acusações?

Parece que sim, e há mais evidências sobre isso: Seguindo as acusações de Chandler, outro menor se apresentou alegando que ele havia sido abusado por Michael Jackson.

Enquanto o castelo de mentiras de Víctor Gutiérrez desmoronava perante os tribunais, uma outra figura se mantinha firme no palco midiático: a jornalista Diane Dimond.

Amiga próxima de Gutiérrez, foi ela quem — sem jamais ver a suposta fita — anunciou ao público, com convicção, que existia um vídeo comprometedor de Michael Jackson. O impacto foi devastador. Programas de TV repercutiram. O mundo acreditou. E Diane se manteve na linha de frente da cobertura, como uma espécie de porta-voz informal de Gutiérrez.

Mas a verdade tem o hábito de vir à tona — e ela veio.

Durante o processo, a suposta “vítima” da fita foi finalmente ouvida pelas autoridades. E ali, longe dos holofotes, sem o script ensaiado por terceiros, o garoto quebrou o silêncio de forma inesperada: confessou que tudo era mentira.

A história toda havia sido fabricada.

E mais: ele revelou que foi convencido, manipulado e treinado para contar aquele enredo falso por um homem chamado Rodney Allen — um suposto “ativista” que, por trás da fachada moralista, possuía seus próprios interesses obscuros em alimentar histórias contra Jackson.

O escândalo, construído com ares de denúncia, revelou-se uma farsa armada nos bastidores da mídia sensacionalista. O garoto era apenas mais uma peça num jogo maior, um instrumento usado por adultos para validar uma narrativa conveniente — mas completamente falsa.

E mesmo após a revelação, Diane Dimond seguiu firme em sua posição, sem se retratar publicamente, sem apresentar desculpas ao homem que teve sua vida e sua imagem arrastadas para o lamaçal por uma mentira com nome, rosto e endereço.

A máquina de difamação já havia feito seu trabalho.

Em 1999, Rodney Allen, ao mostrar publicamente sua obsessão por Michael Jackson, foi preso e condenado à prisão perpétua por abuso sexual infantil…

Mas o que Víctor Gutiérrez tem a ver com isso?

Rodney Allen afirmou na prisão que Victor Gutierrez e o pai de Jordan Chandler lhe devem dinheiro, acusando-os de tê-lo enganado após treinar Jordan Chandler.

Ele também garante que o próprio Gutiérrez abusou de uma menor em um hotel.

Rodney Allen confirmou em 1999: “Quando as coisas acalmassem, eu receberia uma grande quantia em dinheiro. Victor Gutierrez e Evan Chandler prometeram que me pagariam. Michael nunca tocou ou abusou sexualmente de Jordan.’’

Gutiérrez nunca forneceu uma única prova das muitas que alegou ter encontrado sobre Jackson, porém cada testemunha, ou mesmo cada suposta vítima de MJ, afirmou que jamais que teve contato com este jornalista chileno antes de fazer suas acusações.

Víctor Gutiérrez voltou aos Estados Unidos e começou a trabalhar para o programa Dateline da NBC, novamente ao lado de… Diane Dimond.

Ele começou outra turnê para promover seu livro e cobriu o julgamento de Jackson em 2005, contando seu lado da história.

Muitas das notícias que ele forneceu sobre o caso foram provadas falsas durante o julgamento, como o colchão de Michael Jackson tinha DNA do acusador ou que até mesmo pornografia infantil em sua casa.

Mas a verdade é que até o Ministério Público utilizou o livro de Gutiérrez como documentação do caso, e muitos dos detalhes da denúncia se assemelharam às histórias do livro.

Eles usaram essas histórias comprovadamente falsas para enfeitar as acusações e criar um padrão?

Em setembro de 2006, a GQ Magazine, a partir de entrevistas com Gutiérrez, contava como o jornalista planejava participar de um filme sobre seu livro contando que a relação entre MJ e Chandler seria representada algo como romântico e consensual.

O filme nunca foi lançado.

Víctor Gutiérrez também é responsável por espalhar outros boatos; Jackson teria abusado de duas crianças mexicanas e que o FBI tinha conhecimento disso.

O próprio FBI negou essa informação.

Em uma entrevista para a ADN Radio, Gutiérrez disse:

“Por que continuar falando sobre Michael Jackson quando há questões mais importantes?”

Como você pode dizer que há questões mais importantes se ele baseou quase 20 anos de sua carreira fabricando a boatos sobre sua vida?

Anos depois, novas acusações surgem contra Jackson e um famoso ‘‘documentário’’ é lançado.

Mais uma vez, a mão de Gutiérrez se refletiu em todo seu conteúdo.

É irônico pensar que Michael Jackson foi perseguido e condenado socialmente pelas acusações fabricadas por Víctor Gutiérrez, escritor que abertamente proclamava que crianças devem ser preparadas para fazer sexo com adultos.

É irônico que a pessoa que destruiu o prestígio de Michael Jackson foi alguém que não teve escrúpulos em falar positivamente sobre pedofilia.

Como ele diz em seu livro:

“Os pedófilos se apaixonam, se tornam obcecados, desejam, assim como os heterossexuais …ou homossexuais. Agora que entendemos melhor o impulso sexual que alguns têm por crianças, podemos entender mais plenamente a experiência de Jordie e Jackson, um casal que se amava intensamente e de uma forma muito erótica…’’

Mas Michael Jackson não foi a única vítima das fantasias de Gutiérrez.

Em 2003, ele foi acusado de conspirar contra um senador chileno ao publicar artigos nos quais estabelecia supostas ligações com uma rede de pedófilos.

Gutiérrez afirmou conhecer todos os detalhes de orgias na casa de Claudio Spiniak Vilensky. Poucos dias depois, Gutiérrez entrevistou na TV um menino que afirmou ter assistido a essas orgias, onde também estaria o candidato a presidência, Joaquín Lavin.

Pouco depois, o menino retirou as acusações e revelou que Gutiérrez lhe pagou entre 10.000 e 20.000 pesos, algo que o advogado de Gutiérrez teve que reconhecer, embora afirmasse que se tratava apenas de um gesto humanitário, visto que se tratava de uma criança em situação de pobreza.

Finalmente, a polícia não conseguiu encontrar nenhuma relação entre os políticos apontados por Gutiérrez a rede de pedófilos.

Em outubro de 2008, Víctor Gutiérrez foi condenado a 61 dias de prisão e a pagar 30 milhões de pesos chilenos a Cecilia Bolocco, Miss Universo e ex-esposa do presidente da Argentina, por “graves insultos infligidos à sua vida privada”.

Victor contou a falsa notícia de que Bolocco teve um caso com escritor Paulo Coelho quando namorava Carlos Menem. Por fim, ficou comprovado que o único relacionamento que tiveram foi baseado em um encontro público e alguns telefonemas.

Nem a dívida com Jackson nem a dívida com Bolocco foram pagas.

Gutiérrez baseou sua carreira em difundir calúnias sobre figuras públicas a partir de suas próprias fantasias, e se acostumou a sempre fugir da justiça para evitar o pagamento de suas dívidas.

Da mesma forma, Gutiérrez continuou a espalhar boatos íntimos sobre a vida sexual de outras figuras públicas durante a última década, como quando em 2003, sugeriu que as gêmeas Campos estavam envolvidas em prostituição, razão pela qual também foi processado por difamação e calúnia.

Após a morte do apresentador chileno Felipe Camiroaga em 2011, Víctor Gutiérrez também especulou sobre sua vida privada, afirmando que teve um relacionamento secreto com uma amante antes de morrer.

Em 2012, Gutiérrez acusou a apresentadora e política chilena Raquel Argandoña de ser infiel, afirmando que ela tinha uma relação secreta com José Alfredo “el Pollo” Fuentes quando era casada com Eliseo Salazar.

Marcelo Ríos, David Copperfield e Marlen Olivari foram apenas outros exemplos de celebridades assediadas por Gutiérrez, algo que só revela o comportamento intrusivo do jornalista na vida pessoal de outras pessoas, muitas vezes espalhando mentiras infundadas e polêmica.

A atitude de Victor na hora de espalhar boatos e se defender das críticas mantém sempre o mesmo padrão:

Ele afirma que tem provas, que há testemunhas e que sua verdade será provada. Mas, no final, ele nunca contribui com nada para confirmar suas farsas e acusações.

Atualmente, o ‘‘profissionalismo’’ de Gutiérrez tem sido elogiado, por denunciar a censura e a manipulação do governo chileno.

Mas é esse o herói de que o povo do Chile precisa?

Agradecemos por ler até aqui.

— Pablo Rodríguez

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