Dívidas e sumiço: Frank Cascio repete roteiro de ex-amigos que acusaram MJ
Acusar uma celebridade morta se tornou, para alguns, um atalho conveniente quando a corda aperta. E em tempos de narrativas recicláveis, o nome de Michael Jackson continua sendo um alvo fácil. Diante de um escândalo que envolve dívidas milionárias de jogo e encontros suspeitos com modelos, o ex-assistente e ex-amigo pessoal do cantor, Frank Cascio, entrou em silêncio absoluto. E o que antes era apenas constrangedor, agora soa como potencialmente calculado.
Nos últimos anos, o mundo assistiu a Wade Robson e James Safechuck mudarem completamente suas versões sobre Jackson — de ex-protegidos a acusadores —, sempre após a morte do artista. Agora, Cascio parece encaixar-se no mesmo padrão, especialmente ao observar o histórico recente de chantagens contra o espólio do cantor.
Um padrão conhecido
Em setembro de 2024, o jornal Washington Informer revelou que cinco antigos amigos e colaboradores de Jackson exigiram US$ 213 milhões do espólio, ameaçando revelar informações danosas caso não recebessem o valor. Por décadas, esses mesmos indivíduos defenderam publicamente a inocência do astro — inclusive em entrevistas para Oprah Winfrey e Wendy Williams.
Com a pressão sobre novos projetos e a preocupação com os filhos do cantor, o espólio aceitou pagar US$ 3 milhões para cada um, sob acordo de confidencialidade total. O coexecutor John Branca chamou o episódio de “extorsão pura” e deixou claro: “Eles sabiam que os fãs jamais perdoariam esse tipo de traição.”
Cascio, que publicou o livro My Friend Michael exaltando a integridade do cantor, agora enfrenta uma situação que combina desespero financeiro, sumiço estratégico e silêncio público — ingredientes que, juntos, levantam um sinal de alerta.
O escândalo
Segundo o site The Blast, Frank Cascio está sendo cobrado por mais de 200 mil dólares em dívidas de apostas. Modelos do Instagram relataram que ele as conheceu via a plataforma Seeking Arrangement, bancando jantares e hospedagens. O problema começou quando homens desconhecidos apareceram na porta do hotel delas oferecendo dinheiro por informações sobre Cascio.
“Achamos que era pegadinha, até percebermos que era sério”, relatou Grace Glenn. Julia Geraci, a outra modelo envolvida, contou que ele desapareceu sem dar explicações e a bloqueou nas redes. Desde então, nenhuma declaração foi dada por Cascio, nem para a imprensa nem para os próprios envolvidos.
Relação próxima e o afastamento
Frank Cascio conheceu Michael Jackson em 1984 e fazia parte do seu círculo mais íntimo. Trabalhou oficialmente como assistente e depois como empresário pessoal. Era presença constante em turnês, festas de família e projetos criativos. Defendia Michael inclusive nos momentos mais difíceis, como os julgamentos por abuso infantil.
O afastamento ocorreu por desinformações jurídicas durante o segundo julgamento. Cascio afirma que Jackson foi convencido de que ele se recusaria a testemunhar em sua defesa, o que nunca foi verdade. “Fui considerado co-conspirador, e legalmente não podíamos nos falar”, disse.
Agora, com seu nome envolvido em dívidas, sumiço e suspeitas, o risco é que ele também decida recorrer ao expediente fácil de muitos: usar o nome de Michael Jackson como escudo e chamar a atenção com acusações recicladas.
Conclusão
Se Frank Cascio decidir seguir esse caminho, já sabemos como o roteiro termina: com desmentidos, ações judiciais e a perda definitiva de qualquer credibilidade. O espólio e os fãs estão atentos — e a memória de Michael Jackson merece respeito, não chantagens.