Jim Carrey, Sony e Jackson: O que é verdade e o que não é…
Uma matéria recente voltou a circular com força nas redes, trazendo à tona declarações antigas de Jim Carrey em defesa de Michael Jackson e levantando suspeitas sobre a atuação da Sony nos bastidores da indústria musical. O texto sugere a existência de uma conspiração para destruir Michael — inclusive ligando isso à sua morte.
Mas o que, de fato, é verdade? E o que permanece como especulação?
O QUE É VERDADE:
Jim Carrey defendeu Michael Jackson publicamente.
Em 2003, Jim Carrey afirmou que não acreditava em tudo o que a mídia dizia sobre Michael e criticou o sensacionalismo da imprensa. Ele usou sua visibilidade para pedir uma visão mais justa sobre o artista.
Michael Jackson teve conflitos sérios com a Sony.
A relação entre Michael e a Sony — especialmente com o executivo Tommy Mottola — foi marcada por disputas sobre o controle de seu catálogo musical. Em discursos públicos, Michael chamou Mottola de “diabo” e acusou a gravadora de sabotar seus lançamentos.
Michael expressou receio por sua vida.
Tanto ele quanto membros da família, como LaToya Jackson, mencionaram em entrevistas que Michael temia ser “silenciado” por interesses maiores ligados ao controle de seu legado musical.
Conrad Murray foi condenado por homicídio culposo.
Em 2011, o médico pessoal de Michael foi considerado culpado pela administração inadequada de propofol. A sentença foi o resultado de um processo público e acompanhado internacionalmente.
O QUE NÃO É COMPROVADO:
Não há provas de que Jim Carrey tenha “vazado” documentos ou provas da inocência de Michael.
A entrevista que circula não traz nenhuma evidência nova — apenas opiniões e críticas ao sistema midiático.
Não existe, até o momento, nenhuma evidência concreta de que a Sony ou qualquer outro grupo tenha planejado a morte de Michael Jackson. Essas alegações permanecem no campo da especulação e nunca foram comprovadas em investigações formais.
A história de que Michael foi “assassinado por causa de seu catálogo musical” nunca passou de teoria da conspiração. Nenhum tribunal, jornalista investigativo ou autoridade apresentou qualquer prova nesse sentido.
Supostas cartas dizendo “eles vão me matar” nunca foram autenticadas. Até hoje, não há documentos oficiais ou periciados que confirmem a autoria de tais frases atribuídas a Michael.
CONCLUSÃO:
A paixão por Michael Jackson leva muitos fãs a questionarem a versão oficial dos fatos — e isso é legítimo. Mas é nosso dever como comunidade buscar a verdade com responsabilidade. Isso significa valorizar as declarações documentadas, respeitar as decisões judiciais e não alimentar teorias que, embora tentadoras, não se sustentam com provas.
A história de Michael é complexa, poderosa e, acima de tudo, humana. E ela merece ser contada com fatos, não com fantasias.