Quando “Mary Poppins: O Retorno” chegou aos cinemas em 2018, poucos sabiam que a Disney havia tentado dar continuidade à história por mais de cinquenta anos. A ideia de fazer uma sequência surgiu ainda nos anos 60, e entre os planos mais curiosos, esteve a participação de Michael Jackson como Bert, o amigo de Mary.
O filme original, lançado em fevereiro de 1965, foi um fenômeno. Encantou mais de 1,7 milhão de espectadores e arrecadou cerca de 31 milhões de dólares, superando facilmente seus custos. O sucesso foi tão grande que Walt Disney decidiu, imediatamente, planejar uma sequência com Julie Andrews e Dick Van Dyke nos papéis principais.
Mas em 1966, com a morte de Walt Disney, todos os planos foram engavetados. A ideia só voltou a ganhar força nos anos 80, quando o escritor e produtor Brian Sibley levou uma nova proposta a Roy E. Disney, então chefe da empresa e sobrinho de Walt. O projeto foi aprovado, reacendendo as esperanças de uma nova aventura com a babá mágica.
Julie Andrews foi convidada a retornar como Mary, mas recusou o convite. Dick Van Dyke também estava fora, e os produtores precisavam de um novo rosto para o papel de Bert. Foi aí que Brian Sibley teve uma ideia ousada: sugerir Michael Jackson, que naquela época já era um fenômeno global. A dança, o carisma e o talento de Michael pareciam perfeitos para o universo encantado de Mary Poppins.
Infelizmente, problemas de produção e falta de apoio interno fizeram o projeto fracassar. O filme nunca chegou a sair do papel naquela década, deixando para trás um rascunho do que poderia ter sido uma das versões mais ousadas da história da Disney.
Somente em 2015 a Disney retomou a ideia com força. O projeto foi reformulado e, três anos depois, “Mary Poppins Returns” estreou com Emily Blunt no papel principal, trazendo nova vida à personagem. Ainda assim, é impossível não imaginar: como teria sido ver Michael Jackson cantando e dançando em Londres ao lado de Mary Poppins?