Quando pensamos em Michael Jackson, o que nos vem à mente são batidas marcantes, coreografias lendárias e videoclipes que mudaram a história da música. Mas o que quase ninguém sabia — até que seus seguranças revelaram — é que Michael tinha uma paixão silenciosa e intensa por música clássica. Essa escolha, tão distante dos holofotes e da cultura pop que ele mesmo ajudou a moldar, mostra uma face mais íntima e refinada do Rei do Pop.
O carro como refúgio
Segundo Javon Beard, um de seus ex-seguranças pessoais, Michael transformava seus trajetos de carro em verdadeiros concertos particulares. “Ele não era contra ouvir R&B, mas no carro só tocava música clássica”, contou. Era uma rotina que se repetia: assim que Michael se sentava no banco de trás, se por acaso estivesse tocando uma estação de rádio qualquer, ela era imediatamente trocada por uma seleção de sinfonias e concertos.
Compras nada convencionais
Em um episódio curioso, Michael pediu a Javon e a outro segurança, Bill Whitfield, que fossem até uma loja comprar “todos os clássicos que encontrassem”. “Eu preciso de discos. Clássicos! Traga todos os clássicos que você encontrar”, dizia. Não se tratava apenas de uma preferência casual — havia uma devoção ali. Eles voltaram com sacolas cheias, abastecendo o carro com uma coleção digna de um maestro.
Muito além do pop
Michael Jackson nunca foi apenas um cantor pop. Ele era um artista multidimensional, interessado por diversas formas de arte, e isso incluía, sem dúvida, a música erudita. A escolha por esse gênero no seu cotidiano mostra um lado mais introspectivo de alguém que, no palco, parecia viver para o espetáculo. Fora dos holofotes, Michael buscava profundidade, equilíbrio e beleza através das notas clássicas.
O Rei do Pop… e dos Clássicos
Michael Jackson será sempre lembrado como o Rei do Pop, mas histórias como essas nos mostram que ele também foi um rei do bom gosto musical. Ele sabia exatamente o que queria ouvir, quando queria ouvir. E se a sua arte influenciou o planeta, talvez tenha sido porque, nos bastidores, ele se alimentava da fonte mais pura e atemporal da música: os clássicos.