Michael Jackson moldou o gosto musical de gerações, e entre os muitos artistas que se inspiraram nele, está um baterista que acabou se tornando peça-chave na trajetória do Rei do Pop. Jonathan Moffett, conhecido mundialmente como “Sugarfoot”, é muito mais do que um músico talentoso — ele é o homem que deu ritmo à dança inconfundível de Michael por três décadas. Tudo começou com o álbum Thriller, que Moffett escutava religiosamente. O disco foi um divisor de águas e reunia lendas como Eddie Van Halen e os músicos da banda Toto, o que só reforçava o padrão de excelência de Michael.
O encontro que quase não aconteceu
No início dos anos 80, Moffett recebeu uma proposta para encontrar Jermaine Jackson em Los Angeles. Ficou quase um mês na cidade tentando o encontro, sem sucesso. Decepcionado, decidiu voltar para casa. Mas o destino tinha outros planos. Ao errar uma bifurcação a caminho do aeroporto, ele parou em uma rua para pedir informações — e foi ali que encontrou James McField, tecladista dos Jacksons. Um acaso total. Jonathan aproveitou o momento e disse que estava na cidade caso eles estivessem procurando um baterista. E estavam.
O último dia de testes
James McField revelou que aquele dia era, por coincidência, o último para testes da nova turnê dos Jacksons. Moffett pediu apenas uma chance. E teve. Na manhã seguinte, foi até a casa da matriarca da família Jackson, em Encino, para mostrar seu talento. Após tocar apenas três músicas, os irmãos Jackson já sabiam: haviam encontrado o baterista certo. A vaga era dele. Começava ali uma parceria que atravessaria décadas.
30 anos ao lado do Rei
Jonathan Moffett não apenas participou da fase final dos Jacksons como acompanhou Michael Jackson por toda sua carreira solo. Esteve presente nos palcos de turnês históricas, como Bad, Dangerous e HIStory, e foi testemunha direta da evolução artística de Michael. Com sua técnica impecável no bumbo — motivo do apelido “Sugarfoot” —, ele foi responsável por manter o groove que fazia o público vibrar a cada passo de dança.
Talento que abre portas
O talento e a visibilidade de tocar com Michael Jackson abriram muitas portas para Moffett. Depois de ser o motor rítmico do maior artista pop de todos os tempos, foi chamado para trabalhar com nomes como Madonna, Elton John e George Michael. Ainda assim, é com Michael que seu nome está eternamente ligado. Ele não era apenas o baterista, era parte do espetáculo.
