O que era para ser um dos eventos cinematográficos mais aguardados dos últimos anos, a cinebiografia oficial Michael, acaba de sofrer mais um adiamento — e desta vez, por motivos que vão muito além do simples cronograma de produção.
Dirigido por Antoine Fuqua (Training Day, Emancipation) e estrelado por Jaafar Jackson, sobrinho de Michael, o projeto agora pode chegar aos cinemas apenas em 2027.
Nos bastidores, o filme enfrenta uma combinação complexa de desafios legais, criativos, estratégicos e pressões externas, segundo fontes próximas à produção. Veja o que já se sabe.
Questões legais que paralisaram a produção
Um dos pontos mais críticos do atraso veio à tona recentemente: o roteiro original chegou a incluir uma cena sobre as acusações de 1993 — um episódio já encerrado judicialmente e blindado por cláusulas contratuais que impedem qualquer dramatização.
O acordo firmado entre o espólio de Michael e a família Chandler proíbe expressamente que esse caso seja retratado em produções públicas.
Assim que os advogados da produção identificaram a violação, determinaram reescritas imediatas e a suspensão temporária das filmagens.
Filme pode ser dividido em duas partes
Outro fator relevante: o corte atual do longa ultrapassava 3 horas e 30 minutos.
Diante disso, a Lionsgate — estúdio responsável pela distribuição — está considerando lançar o projeto em duas partes:
- Primeira parte: a infância e ascensão de Michael até a fase Jackson 5 e o álbum Off the Wall;
- Segunda parte: o estrelato global e os desafios da fase adulta.
Primeiro corte estava incompleto
Fontes indicam que o primeiro corte entregue não era apenas “longo” — estava incompleto.
Faltavam cenas essenciais, performances e arcos emocionais importantes para uma narrativa coesa.
Por isso, foram programados 22 dias adicionais de filmagens, que ocorrerão em junho de 2025.
Movimento estratégico da Lionsgate
Além dos ajustes criativos, há também um aspecto comercial: a Lionsgate transferiu oficialmente o filme para seu ano fiscal de 2027.
A decisão visa otimizar o impacto financeiro do lançamento e mirar um período estratégico, como a temporada de prêmios.
Pressão externa: polêmica em torno do legado
O projeto, claro, não escapou de pressões externas — incluindo ataques previsíveis de figuras que há anos tentam lucrar com a distorção da imagem de Michael Jackson.
Entre elas está Dan Reed, que se apresenta como diretor de um projeto amplamente contestado sobre a vida de Michael Jackson, e que tem feito ataques públicos ao filme.
Diante desse cenário, o estúdio passou a adotar uma abordagem ainda mais cuidadosa, buscando um equilíbrio entre respeitar o legado de Michael e evitar polêmicas desnecessárias.
O que esperar da nova versão
A nova estrutura do filme prevê que a primeira parte encerrará com Michael deixando os Jackson 5 e iniciando sua carreira solo com Off the Wall.
E para os fãs atentos aos detalhes, Bubbles — o lendário companheiro de MJ que a imprensa adorava reduzir a caricatura — também está confirmado no roteiro.
Como os fãs estão reagindo
A comunidade de fãs de Michael Jackson tem demonstrado opiniões divididas sobre os sucessivos adiamentos:
➡️ Parte do público defende o adiamento:
“Levem o tempo que for preciso. Façam direito. A história de Michael merece um filme perfeito.”
➡️ Outra parte demonstra frustração:
“Já esperamos demais. É hora de lançar esse filme.”
Apesar das diferenças, existe um consenso:
“Se é para contar a história de Michael Jackson, tem que fazer certo. Não é só um filme. É história. É reputação. É legado.”
Conclusão
O novo adiamento da cinebiografia Michael não se deve apenas a um atraso de cronograma. Trata-se de uma combinação de desafios jurídicos, reestruturação criativa, estratégias comerciais e um cuidado extremo com a forma como a história de Michael será contada.
A produção segue em andamento, com novas filmagens previstas para junho de 2025 e estreia estimada entre o final de 2026 e o ano de 2027.
A MJ Beats continuará acompanhando cada nova etapa do projeto.