Enquanto muitos artistas usavam os videoclipes apenas como ferramentas de marketing para impulsionar singles e álbuns, Michael Jackson enxergava neles uma forma de arte em movimento. Para ele, cada produção precisava ter alma, identidade e uma proposta visual à altura da música. E quando decidiu criar Scream, ele foi além de tudo o que já havia feito.
Lançado em 1995, Scream foi mais do que um clipe: foi uma declaração visual de liberdade e resistência. Ao lado da irmã Janet Jackson, Michael mergulhou num universo futurista para dar voz à sua indignação contra a pressão da mídia. O orçamento para a produção foi astronômico: US$ 6,9 milhões — o equivalente a R$ 15,5 milhões atualmente. E cada centavo pode ser visto em tela: cenários, efeitos especiais e figurinos formam uma explosão criativa que impressiona até hoje.
🚫 Quando a Perfeição Enfrenta Obstáculo
Apesar da grandiosidade, nem tudo foi fácil. Um detalhe técnico quase comprometeu o desempenho de Michael. Uma das rampas usadas nas filmagens refletia tanta luz que Michael não conseguia caminhar ou dançar sobre ela. O piso, extremamente brilhante, confundia sua visão e dificultava qualquer movimento coreografado. Era um problema grave — principalmente para um artista que prezava pela perfeição em cada cena.
💡A Solução Que Veio da Simplicidade
Surpreendentemente, a solução não veio de tecnologias futuristas nem de grandes engenheiros. Alguém da equipe teve uma ideia tão simples quanto eficaz: misturaram refrigerante de limão com água e esfregaram na superfície da rampa. Isso tirou o excesso de brilho e deu mais aderência ao piso, permitindo que Michael enfim brilhasse — desta vez, com seus próprios passos.
Esse pequeno episódio nos bastidores revela algo maior: para Michael Jackson, cada detalhe importava. Nada era deixado ao acaso. Mesmo diante de uma dificuldade técnica, ele não desistia até que tudo estivesse perfeito.