Existem fotos que não apenas capturam um momento, mas congelam um pedaço da história. É exatamente isso que acontece com um registro raro feito em 1975, na Jamaica. Sobre o galho grosso de uma enorme árvore tropical, estão reunidos nomes que, anos depois, se tornariam lendas.
Ao centro, com uma regata vermelha, está Bob Marley. À sua esquerda, um jovem Michael Jackson de apenas 16 anos, com camisa listrada e olhar curioso.

A cena aconteceu de forma espontânea. Os Jackson Five estavam em turnê pela ilha caribenha e, ao fazerem uma apresentação no Estádio Nacional de Kingston, decidiram visitar uma figura já influente no cenário musical: Bob Marley. Na época, Marley já era a alma do reggae. Michael, por sua vez, estava apenas começando a se destacar além do grupo familiar. O que se vê ali não é apenas uma reunião casual, mas um raro cruzamento de trajetórias que mudariam o rumo da cultura mundial.
A visita aconteceu no número 56 da Hope Road, onde Marley morava com os integrantes dos Wailers. Hoje, esse mesmo endereço abriga o Museu Bob Marley, um dos locais mais visitados da Jamaica. O clima era de descontração, com música, conversa e aquele espírito livre que marcava a juventude da época. Mesmo sem registros em vídeo, a imagem fixa daquela tarde diz tudo: energia, talento e futuro.
É curioso imaginar o que se passava na cabeça daqueles jovens artistas. Dois deles — Marley e Jackson — seguiriam caminhos diferentes, mas ambos se tornariam símbolos universais. Um com o reggae e a luta pela paz e igualdade. O outro com o pop e uma revolução estética e sonora sem precedentes. Ali, naquela árvore, estava o futuro da música mundial.