Paris Jackson sentada com expressão séria diante de uma mesa, ao lado de documentos legais, um martelo de juiz e uma foto emoldurada de Michael Jackson ao fundo.

Paris Jackson questiona pagamentos irregulares feitos pelo espólio de Michael Jackson

A disputa por transparência no espólio de Michael Jackson terá audiência dia 16 de julho. Documentos judiciais revelam que Paris Jackson, filha do Rei do Pop, apresentou objeções formais contra os executores John Branca e John McClain, levantando suspeitas sobre pagamentos milionários feitos a escritórios de advocacia sem aprovação judicial.

Segundo a People e a Us Weekly, Paris identificou o que chamou de “pagamentos irregulares” no valor de US$ 625 mil, relativos a honorários de advogados por “horas não registradas” entre julho e dezembro de 2018. As quantias foram direcionadas a três firmas jurídicas e, de acordo com a petição, teriam sido pagas integralmente antes mesmo da autorização da corte — uma violação direta às normas do processo sucessório.

“Esses pagamentos parecem incluir gratificações generosas a profissionais que já foram amplamente remunerados”, disse o advogado de Paris, destacando a falta de justificativas para os valores apresentados.

A artista de 27 anos expressou preocupação com a incapacidade dos executores de explicar por que o tempo de trabalho não foi devidamente registrado e por que isso não impediria os pagamentos. Além disso, Paris destacou alterações consideráveis nas cifras apresentadas nas petições: um escritório inicialmente cobrava US$ 789 mil, depois US$ 258 mil; outro passou de US$ 838 mil para US$ 427 mil, e então US$ 675 mil — mudanças que ela classificou como “inconsistentes e preocupantes”.

O espólio de Michael Jackson é um dos mais lucrativos do mundo, e desde sua morte em 2009, estima-se que mais de US$ 2 bilhões tenham sido arrecadados. Parte dessa quantia foi utilizada para manter os beneficiários do testamento, incluindo Paris, Prince, Bigi e a mãe de Michael, Katherine Jackson. Mas essa nova objeção judicial levanta dúvidas sobre a gestão ética e transparente desses recursos.

Branca e McClain se defenderam afirmando que havia um acordo com os herdeiros para apresentar os pedidos de honorários em blocos de seis meses. Eles também ressaltam que o espólio teve sucesso significativo, citando a recente venda parcial de direitos musicais para a Sony por US$ 300 milhões — transação que foi contestada por Katherine Jackson, mas acabou aprovada pela corte.

Uma audiência sobre o caso foi marcada para o próximo dia 16 de julho de 2025, quando os juízes devem analisar os argumentos e decidir se os pagamentos podem ou não ser ratificados.