Frank Cascio, outrora amigo íntimo de Michael Jackson, hoje protagoniza uma tentativa descarada de extorsão contra o Espólio do artista, exigindo uma quantia absurda de 200 milhões de dólares sob ameaça de inventar um processo. E, como cereja no bolo do absurdo, escolheu ninguém menos que Mark Geragos para representá-lo — o mesmo advogado que defendeu Michael em 2003 e saiu pela porta dos fundos do caso após virar foco da investigação.
🧩 Quem são os Cascio?
A família Cascio sempre orbitou Michael Jackson, mas foi Eddie Cascio, e não Frank, quem forneceu três faixas para o álbum póstumo Michael — “Monster”, “Breaking News” e “Keep Your Head Up” — hoje oficialmente removidas das plataformas por suspeita de serem falsas. A família nunca conseguiu provar que era Michael quem cantava.
Frank, por sua vez, passou de confidente a escritor de livro sensacionalista (My Friend Michael, 2011), leiloou peças íntimas de Michael e já havia embolsado US$ 3,3 milhões em 2020 em troca de um acordo que encerrava qualquer futura disputa judicial, com cláusula de arbitragem privada.
Nada disso foi suficiente. Endividado, sem prestígio e fora das redes sociais desde 2022, Cascio agora tenta chantagear o Espólio exigindo mais 213 milhões de dólares, e depois baixa o valor para 80 — como se vendesse chantagem em liquidação.
🎭 Mark Geragos: o advogado que virou personagem
E quem o Frank chama pra representá-lo? Mark Geragos, que não apenas já defendeu Michael, como foi quase expulso da própria defesa por se tornar o problema.
Durante o processo de 2003, Geragos contratou um investigador privado, Bradley Miller, para “monitorar” a família Arvizo, o que fez com que o promotor Tom Sneddon — já inclinado ao espetáculo — iniciasse uma investigação contra o próprio time de defesa. O caso, que deveria ter Michael como foco, virou um show paralelo.
Geragos teve que depor no tribunal em 2005, foi confrontado com sua relação com o investigador e se defendeu alegando nunca ter intimidado ninguém. Mas o estrago estava feito. Ele foi substituído por Thomas Mesereau, que conduziu o julgamento com técnica e venceu. Ponto.
Geragos, no fim das contas, saiu da defesa de Michael do mesmo jeito que entra agora no caso de Frank Cascio: cercado de fumaça, vaidade e manchetes.
🚫 Por que isso importa?
Porque agora vemos Frank Cascio, um homem atolado em dívidas e desmoralizado por anos de contradições, contratando o mesmo advogado que assistiu de camarote Michael Jackson ser inocentado — e que, ironicamente, foi afastado por atrapalhar a defesa.
É uma jogada simbólica: um oportunista desesperado trazendo de volta um advogado midiático, numa tentativa de dar verniz jurídico a uma chantagem velha e batida.
Essa combinação só reforça o que os fãs e o Espólio já sabiam: não há verdade a ser revelada. Só há um jogo sujo, encenado por quem já não tem mais nada a perder — e muito a ganhar se a imprensa cair na armadilha.
Michael Jackson venceu onde importa: no tribunal. O resto? É barulho — e oportunismo requentado.