A música mudou depois de Michael Jackson. E mesmo décadas após sua morte, ele continua reescrevendo a história. Billie Jean, um dos maiores clássicos do Rei do Pop, está prestes a atingir uma marca raríssima: dois bilhões de visualizações no YouTube. E o mais impressionante é a velocidade com que isso vem acontecendo.

Em 2021, o videoclipe alcançava seu primeiro bilhão. Quatro anos depois, a contagem dobrou. Não foi por acaso. Trata-se de uma canção que rompeu todas as barreiras da indústria fonográfica. Lançada em 1983, Billie Jean foi o primeiro clipe de um artista negro a entrar na programação da MTV — e com ele, Michael abriu portas e mudou a cultura global.

O que poucos sabem é que Billie Jean não é apenas uma música dançante com um refrão inesquecível. É uma obra de tensão e ritmo milimetricamente construída. Michael batalhou para manter o arranjo simples, mas com impacto — e a aposta foi certeira. O mundo não apenas ouviu, como nunca mais parou de ouvir.

Ao longo dos anos, a coreografia do clipe virou referência. A introdução dos passos de dança no chão iluminado, o terno preto e a aura misteriosa de Jackson o transformaram em um ícone intocável. Mais do que um clipe, Billie Jean virou um curta-metragem musical, uma assinatura estética que redefiniu o videoclipe como arte.

Mesmo em tempos de streaming acelerado e consumo efêmero, Billie Jean continua sendo descoberta por novas gerações. Há adolescentes que nunca viram Michael ao vivo, mas sabem reproduzir sua dança com perfeição. Outros, mais curiosos, mergulham em sua discografia e se chocam com a originalidade que ainda não foi superada.

O marco dos dois bilhões no YouTube não é só uma estatística. É um lembrete de que o tempo não apaga o impacto da genialidade. Enquanto outros artistas dependem de modismos e fórmulas temporárias, Michael Jackson continua conquistando públicos com uma obra feita há mais de 40 anos.

E este será o primeiro curta-metragem musical de Michael a alcançar tal número. Um feito que nenhum artista da sua geração alcançou. E que só reafirma o que os fãs sempre souberam: Michael não era apenas um cantor, mas um movimento cultural imortal.