Nia Long sobre o filme 'Michael': fé, família e o legado dos Jacksons | MJ Beats
Nia Long sobre o filme 'Michael': fé, família e o legado dos Jacksons | Nia Long no filme do Michael Jackson MJ Beats

Nia Long sobre o filme ‘Michael’: fé, família e o legado dos Jacksons

Quando Nia Long recebeu o convite para interpretar Katherine Jackson no filme Michael, ela não disse “sim” de imediato. Respirou fundo. Pensou na própria mãe, que — ironia do destino — trabalhava nos bastidores dos álbuns de Michael Jackson. Pensou em quando o conheceu, anos atrás. Pensou em tudo.
E então veio a frase que guiou seu processo: “Se eu puder ser tão graciosa, honesta e forte quanto Katherine Jackson, eu encontro a verdade dela.”

Nia fala de Katherine com um respeito que ultrapassa o texto. “Ela é uma das mulheres mais graciosas que já conheci… e eu nem a conheço pessoalmente”, diz, rindo, mas com uma pontinha de reverência.

Ao estudar a matriarca dos Jackson, ela descobriu algo além da personagem: um tipo de força silenciosa que ensina sem precisar levantar a voz. “Essa mulher me fez crescer como mulher”, confessa.

Interpretar Katherine, para Nia, foi como olhar para dentro. E entender que por trás do homem que o mundo conheceu como Michael Jackson, havia uma mãe com fé inabalável — uma mulher que, no silêncio, criou espaço para o gênio florescer.

“Criar e nutrir um ser humano assim exige uma graça especial. Nenhum filme que busca verdade é fácil de fazer, e este não é diferente. Mas o nosso produtor e o diretor querem acertar. Eles querem fazer justiça.”

Mas a história de Nia com Michael não começou no set. Ela vem de muito antes.

Quando menina, via as fotos do astro no trabalho da mãe, como se fosse um personagem de um outro mundo. Anos depois, já atriz em ascensão, o destino tratou de cruzar seus caminhos. Foi John Singleton, o diretor de Boyz n the Hood, quem a apresentou a Michael Jackson num show de Stevie Wonder.

“Ele sabia quem eu era”, lembra, ainda com certa surpresa. “E eu pensei: Como assim ele sabe? Eu era tão nova, tão verde.”


E então ele disse: “Eu simplesmente te amo, Nia Long.”

Essas palavras ficaram ecoando nela. “O Michael que conheci por dez minutos era o ser humano mais doce e gentil que já encontrei. Um gênio criativo, deliberado em tudo o que fazia, sem ego algum.”

Ela conta que, naquele dia, ele caminhou ao lado dela até os assentos do show. Sem seguranças, sem pressa, sem a aura de “rei”. Apenas Michael, o homem.

“Ele poderia ter sido meu primo, meu irmão. Um cara da família. Não havia distância entre ele e a humanidade naquele momento. E isso ficou comigo pra sempre.”

É com esse sentimento que Nia mergulhou em Michael, a cinebiografia que promete revelar o lado mais humano do ícone. “Espero que as pessoas sintam empatia pela família Jackson. Que entendam o quanto essa família impactou a cultura e o coração das pessoas”, diz.

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Nia Long e Jaafar Jackson durante filmagens de ”Michael”

E quando o assunto é Jaafar Jackson, que interpreta o tio famoso, ela não economiza nas palavras: “Ele é espetacular. Ainda não vi o filme completo, mas pelo que vi trabalhando com ele, é algo realmente especial.”

Nia fala de Jaafar como quem reconhece o mesmo brilho familiar, o mesmo DNA artístico.

No fim da conversa, ela respira e sorri. “Interpretar Katherine Jackson foi mais do que um papel. Foi um aprendizado sobre fé, força e graça. Uma graça silenciosa, mas poderosa.”

E é nesse silêncio que Nia Long encontrou — e transmitiu — o coração do filme.

A cinebiografia do Rei do Pop tem estreia marcada parta Abril de 2026.

por Michael Movie Update