Em 10 de outubro de 1970, o grupo Jackson 5 viveu um daqueles momentos que testam o talento e a espontaneidade de verdade. Eles haviam sido convidados para cantar na final da World Series, o maior evento do beisebol americano, transmitido para milhões de telespectadores. Dentro de um táxi, a caminho do estádio, surgiu o imprevisto: ninguém do grupo sabia a letra do Hino Nacional dos Estados Unidos.
O motorista, surpreso com o diálogo, ouviu quando um dos meninos perguntou:
“O que iremos cantar?”
— “O Hino Nacional.”
— “Legal, como é a letra?”
O silêncio que se seguiu arrancou risadas e certa tensão. Afinal, não era apenas mais uma apresentação; era um evento nacional, com câmeras, plateia e olhos atentos de um país inteiro.
Pouco tempo antes de subirem ao campo, Suzanne de Passe, a jovem executiva da Motown responsável por acompanhar os meninos em suas apresentações, tentou desesperadamente ensiná-los o hino. Entre risos nervosos e vozes desencontradas, ela repetia cada verso enquanto os irmãos tentavam decorar as palavras e ajustar as harmonias. Era uma corrida contra o tempo, com Suzanne marcando o compasso e Michael liderando os irmãos, buscando transformar aquele caos em algo apresentável.
E conseguiram. Em poucas horas, os irmãos Jackson transformaram o que poderia ser um desastre em uma performance memorável. Michael e seus irmãos ouviram gravações, criaram harmonias e ensaiaram o suficiente para emocionar o público. Era a prova de que talento e disciplina caminham juntos:




