O sucesso da cinebiografia de Michael Jackson vai depender de uma força que a indústria nunca conseguiu controlar: seus fãs.
Quando as primeiras avaliações da crítica começarem a sair, não se surpreenda se a mídia virar o rosto. Ela sempre fez isso.
É um padrão.
Durante décadas, Michael foi o artista que todos queriam ver cair. E, ao mesmo tempo, aquele que ninguém conseguia parar. O paradoxo que a imprensa nunca soube lidar.
Com a estreia do filme, velhas matérias vão reaparecer. Notícias requentadas, manchetes recicladas, e um tom de julgamento disfarçado de análise. Tudo isso para tentar empurrar a cinebiografia para debaixo do tapete. Afinal, polêmica vende. Sempre vendeu. E quando se trata de Michael Jackson, basta uma vírgula para transformar arte em escândalo.
O que muitos esquecem é que esse homem mudou a cultura. Criou uma linguagem, quebrou barreiras raciais e redefiniu o que é ser um astro global. Isso nunca foi bem digerido por uma indústria acostumada a ter o poder nas mãos certas.
Ser o maior artista negro da história sempre teve um preço. E Michael pagou caro por isso — com a paz, a imagem e até a própria liberdade. A crítica nunca o perdoou por ter ido tão longe. Por ter feito o impossível parecer natural. Por ter dominado o mundo com talento puro.
Por isso, a estreia do filme não será apenas sobre cinema. É sobre memória. É sobre a forma como o mundo escolhe lembrar de alguém que o transformou.
Os fãs sabem o que está em jogo. Sabem que cada aplauso, cada ingresso, cada palavra de apoio é um gesto de reparação histórica.
A mídia não vai proteger esse legado. Mas os fãs podem. E, no fim das contas, são eles que sempre mantiveram Michael vivo — muito além das manchetes e das polêmicas.
Então, quando esse filme chegar às telas, lembre-se: ele depende de você. Só o público tem o poder de impedir que apaguem, mais uma vez, a luz do homem que brilhou mais do que todos.




