Perigosamente inesquecível: Michael Jackson e o álbum ‘Dangerous’ | MJ Beats
Perigosamente inesquecível: Michael Jackson e o álbum ‘Dangerous’ | dangereous 34 anos MJ BEATS

Perigosamente inesquecível: Michael Jackson e o álbum ‘Dangerous’

Falar sobre qualquer coisa que envolva o nome Michael Jackson sempre acende um senso imediato de grandiosidade. O Rei do Pop não foi apenas um artista; ele foi um fenômeno cultural que moldou gerações, rompendo barreiras e criando novos horizontes dentro da música popular. Desde muito jovem, Michael causou impacto, construindo uma trajetória marcada por inovação, ousadia e uma busca constante pela perfeição.

No início dos anos 1990, quando o cenário musical mundial mudava rapidamente, Michael decidiu apresentar ao público um projeto que surpreenderia até os mais dedicados fãs. Há exatamente 34 anos, ele lançava Dangerous, um álbum que dividiria opiniões, mas que se tornaria, sem dúvida alguma, uma peça fundamental da sua discografia. Mesmo em meio a debates, críticas e comparações inevitáveis, o disco continua sendo lembrado como um marco importante na evolução do pop.

O trabalho anterior de Michael, o memorável Bad de 1987, já havia marcado época com seus inúmeros hits e pela sonoridade que sintetizava o espírito dos anos 80. Depois de quatro anos de silêncio em lançamentos de estúdio, muitos se perguntavam qual seria o próximo passo do cantor. Surge então Dangerous, lançado em 1991, em um momento em que o grunge dominava as rádios e o rock alternativo ganhava força. Mesmo assim, Michael insistiu em um álbum ousado, extenso e totalmente distinto da tendência do momento.

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Pela primeira vez em sua carreira solo, Michael optou por não trabalhar com Quincy Jones, parceiro dos três discos anteriores. Essa mudança abriu espaço para novas colaborações e, especialmente, para que o artista mergulhasse ainda mais fundo em seu lado perfeccionista. Ele reuniu uma lista enorme de músicos, produtores e engenheiros, cada um contribuindo com pequenos detalhes que, aos poucos, foram moldando a identidade do álbum.

O resultado foi um disco extremamente eclético, no qual elementos de funk, hip hop, eletrônico, gospel, música clássica e rock se misturam com naturalidade. Essa fusão deu a Dangerous uma sonoridade única, moderna e, em muitos aspectos, à frente de seu tempo. O álbum mostrava Michael absorvendo novas influências, mas sempre mantendo sua marca registrada.

Das 14 faixas presentes no disco, seis ganharam videoclipes que se tornaram verdadeiros eventos culturais. Jam, Remember The Time, In the Closet, Heal The World, Who Is It e Black or White elevaram a experiência do álbum para além da música. Cada um desses clipes foi produzido com alto nível de criatividade e tecnologia, reforçando a visão cinematográfica de Michael e ajudando a impulsionar ainda mais o sucesso do projeto.

A grandiosa Dangerous World Tour também desempenhou papel crucial na popularização do álbum. Foram shows épicos, que movimentaram milhões de pessoas e mostraram ao mundo toda a força do artista naquele período. A turnê ajudou a consolidar Dangerous como um dos discos mais impactantes da década.

No total, o álbum vendeu 45 milhões de cópias, um número que fala por si só. Mesmo com um cenário musical desfavorável e diferentes tendências competindo pela atenção do público, Michael provou mais uma vez sua capacidade de reinventar o pop e transformá-lo em algo monumental. Dangerous continua sendo uma obra que merece ser revisitada, discutida e celebrada.