Embora “Thriller” de Michael Jackson tenha sido lançado no final de 1982, só foi um ano depois, com a estreia do videoclipe homônimo, que ele deixou de ser apenas um álbum que vendia extraordinariamente bem para se tornar o mais bem-sucedido de todos os tempos.
A história é fascinante e curiosa: a Sony não queria financiar um videoclipe musical de quatorze minutos, então foi o próprio Jackson quem arcou com os custos do seu próprio bolso.
É desnecessário dizer que a exposição global que esse vídeo trouxe a Jackson foi o impulso que ele precisava — e, para agravar ainda mais, ele contratou John Landis como diretor. De um dos artistas jovens mais promissores do planeta, ele se tornou um fenômeno à parte, algo que, sem dúvida, foi impulsionado pelo Moonwalk de “Billie Jean” no 25º aniversário da Motown e pelas incríveis coreografias — de “Beat It”, entre muitas outras.
É claro que, a partir de então, a Sony praticamente permitiu que o mais jovem dos Jackson Five fizesse o que bem entendesse em relação à sua carreira. Isso incluía grande parte da estratégia de marketing e comunicação.
“Thriller” também serviu para resgatar praticamente toda a indústria musical na época. O fato de tantos milhões de pessoas de todo o mundo se dirigirem às lojas de discos para adquirir aquele álbum também levou à compra de trabalhos de outros artistas.
Mas não podemos ser simplistas: o álbum que foi vendido por singles magníficos acompanhados de videoclipes era muito mais do que isso, e muito mais do que o artista que melhor sabia se movimentar na indústria.
Era porque tantos gêneros musicais eram explorados no LP (soul, funk, disco, gospel, rock, rap, canção leve e quase heavy metal) que era difícil resistir à sua compra. Da mesma forma, era — e é — impossível não desfrutar do álbum.
“Thriller” não é apenas um grande álbum, mas também uma jornada musical por diferentes gêneros: