Rodrigo Teaser desvenda os bastidores do álbum ‘Blood on the Dance Floor’

Rodrigo Teaser desvenda os bastidores do álbum ‘Blood on the Dance Floor’

Rodrigo Teaser desvenda os bastidores do álbum 'Blood on the Dance Floor' | A criacao de Blood on the Dance Floor Rodrigo Teaser MJ Beats
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Lançado em 1997, Blood on the Dance Floor: HIStory in the Mix é frequentemente visto como apenas um disco de remixes. Mas o que muitos não sabem é que esse álbum é o mais vendido do gênero em todos os tempos.

Longe de ser apenas uma jogada comercial, ele carrega cinco faixas inéditas que expõem dores, conflitos e a alma de um artista em guerra consigo mesmo e com o mundo. Cada uma dessas músicas tem uma origem mais antiga, composta para álbuns anteriores, mas rejeitadas talvez por revelarem mais do que o público estava pronto para ouvir.

Confissões Codificadas em Música

As canções inéditas – como Morphine, Ghosts e Is It Scary – são mais do que faixas extras. São confissões disfarçadas em arte, reflexos da perseguição da mídia, das lutas internas e dos traumas que marcaram a vida de Michael Jackson. Em Morphine, por exemplo, ele canta sobre dependência e dor física com uma franqueza desconcertante. É uma das raras vezes em que Michael expõe, com crueza, sua vulnerabilidade. E o curioso: essas canções foram mantidas fora dos lançamentos principais, talvez por mostrarem um lado que a indústria não queria promover.

Uma Jogada da Gravadora

Segundo Rodrigo Teaser, intérprete de Michael Jackson e profundo conhecedor de sua obra, o álbum teve uma razão estratégica para existir: equilibrar as finanças da Sony. Após o lançamento megalomaníaco de HIStory: Past, Present and Future, Book I, que incluiu videoclipes de alto custo, ações promocionais em vários continentes e uma turnê mundial, a gravadora precisava de uma solução rápida e mais barata para se recuperar financeiramente.

Remixes Contra a Vontade do Artista

O plano da Sony foi relançar músicas do álbum HIStory em forma de remixes, aproveitando a base já existente. Michael Jackson odiava a ideia de remixes, especialmente aqueles que diluíam sua visão original das faixas. Ainda assim, ele concordou com o projeto. O motivo? Era um mal necessário. Michael entendia que a estabilidade da gravadora também impactava diretamente sua própria liberdade artística.

Teaser e os Bastidores de um Enigma

Rodrigo Teaser, em seu vídeo dedicado ao álbum, vai além da superfície. Ele descreve os bastidores da criação, os interesses por trás do lançamento e a tensão entre arte e mercado. Teaser reforça que Blood on the Dance Floor é muitas vezes injustamente esquecido, mas merece atenção justamente por sua complexidade e contexto. É um projeto que mistura genialidade musical, dor emocional e decisões empresariais — tudo ao mesmo tempo.

Acompanhe o documentário ”A criação de Blood on the Dance Floor”:


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