Michael Jackson, Peter Pan e uma música inédita — O que Steven Spielberg tem a ver com Isso? | MJ Beats
Michael Jackson, Peter Pan e uma música inédita — O que Steven Spielberg tem a ver com Isso? | Michael Jackson e Peter Pan

Michael Jackson, Peter Pan e uma música inédita — O que Steven Spielberg tem a ver com Isso?

Durante trinta anos, Buz Kohan viveu o que muitos só puderam imaginar: os bastidores mais íntimos da genialidade de Michael Jackson. Compositor, produtor e roteirista, ele não foi apenas parceiro criativo — foi confidente, amigo e testemunha de momentos que moldaram a música pop para sempre. O que viu e ouviu ao lado de Michael continua inédito para o mundo, guardado com o cuidado de quem protege algo sagrado.

Uma Mente em Movimento ConstanteKohan descreve Michael como alguém movido pela curiosidade. “Era entusiasmo puro”, lembra ele. No estúdio, o cantor era incansável. Se ouvia um som em sua cabeça, não parava até torná-lo real. “Às vezes ele queria uma orquestra inteira, mesmo que fosse domingo”, revela. Era o reflexo de um artista que via o mundo como um playground criativo, onde cada ideia precisava de forma, som e emoção.

Nos bastidores do Motown 25Entre os momentos mais marcantes, Kohan destaca o especial da Motown, em 1983. Foi ali que, segundo ele, Michael “se tornou o maior artista de todos os tempos”. Mas, nos bastidores, outro sonho tomava forma: interpretar Peter Pan no projeto de Steven Spielberg. A dedicação foi total. Com Kohan, Michael escreveu músicas inéditas para convencer Spielberg — entre elas, a misteriosa “Make A Wish”, que o próprio diretor usaria anos depois para ninar os filhos.

Make A Wish: A Canção que o Mundo Nunca OuviuA música permanece inédita até hoje. “É o reflexo puro do espírito de Michael”, diz Kohan. Gravada na casa dos pais, em Encino, “Make A Wish” foi composta como se eles estivessem realmente na Terra do Nunca. Para Michael, não era só uma chance profissional — era uma forma de provar que estava pronto, em todos os sentidos. Como artista. Como pessoa.

A forma como criavam era única. Kohan começava com acordes suaves. Michael, com seu ouvido afiado, encostava um dedo no piano e indicava o tom exato que ouvia na mente. “Era quase telepatia. A música simplesmente nascia.” Nesse processo, o astro desaparecia, e o menino apaixonado por música surgia — vulnerável, intuitivo, inteiro.

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Buz Kohan, Michael Jackson e Suzanne de Passe no estúdio durante bastidores do Motown 25, 1983

Hoje, Buz Kohan guarda tudo isso como um tesouro. “Michael era mais do que um artista. Era um sonho que sabia cantar”, resume. Entre os fragmentos dessa história, “Make A Wish” talvez seja o mais simbólico: feita com afeto, talento e magia — mas ainda oculta do mundo. E talvez, um dia, essa melodia finalmente ganhe luz. E permita que o mundo ouça, mais uma vez, o coração de Michael Jackson.