Você sabia? O Brasil também já teve a sua versão do hino da humanidade
Em 1985, a fome tinha endereço definido. Segundo a ONU, milhões de refugiados passavam fome na Etiópia e cerca de 1 milhão de pessoas morreram. Esse cenário trágico motivou a criação de uma música para angariar fundos de combate à fome no continente africano. A composição “We Are The World” foi gravada em 28/01 daquele ano, composta por Michael Jackson e Lionel Richie e interpretada pelos 46 maiores nomes da indústria da música norte-americana.
A iniciativa rendeu ao todo US$ 100 milhões.
Confira algumas curiosidades da produção:
Michael escreveu a música com Richie em casa, na Califórnia. Foi uma semana buscando uma música direta, comovente, fácil e marcante. Richie havia encontrado duas melodias diferentes e as mostrou para Michael, mas foi em uma noite em que o astro estava sozinho que tudo aconteceu. Em um lampejo, Michael Jackson pensou em tudo e de Richie teriam sido preservados alguns versos.
Ao contrário do que muitos pensam, USA for Africa não significa “Estados Unidos pela África”, mas sim “United Support of Artists”, que significa “Apoio dos artistas unidos pela África”.
É do Brasil
Na noite de gravação, mais de 200 artistas queriam participar, mas apenas 45 nomes foram selecionados. O único que não participou da gravação foi Prince, que tinha outros compromissos na data.
Aproveitando a onda, artistas brasileiros fizeram uma versão da música que ajudaria a população nordestina. “Nordeste Já” foi gravada em 13 de maio de 1985. A ideia foi do Aquiles, do MPB4. A letra é de Caetano Veloso, Chico Buarque, Fagner, Vinicius Cantuária, Erasmo Carlos e Roberto Carlos, com música de Gilberto Gil. O compacto foi vendido em 2,8 mil agências da Caixa a 10 mil cruzeiros cada.