Em 1992, Wayne Dyer, um dos maiores escritores de espiritualidade e autodesenvolvimento, decidiu incluir uma dedicatória especial em seu livro Real Magic. Entre os nomes escolhidos, estava Michael Jackson, não apenas o astro mundial que arrastava multidões, mas um ser humano que, segundo Dyer, entendia na prática o que significava criar milagres no dia a dia.
Michael não se limitava a ser um ícone da música. Para Dyer, ele representava a essência de Real Magic, o conceito de que somente através do ato de dar é que realmente salvamos nossas próprias vidas. O cantor, com seu talento extraordinário, conseguiu transformar sua arte em uma ponte capaz de unir povos, tocar corações e despertar esperança em milhões de pessoas.
Em 1991, Dyer teve a oportunidade de passar cinco dias com Michael em Neverland. Ele relata que o cantor queria conversar sobre “magia real”. No entanto, percebeu logo que Michael já tinha dentro de si essa força. A verdadeira magia não estava em palavras, mas no poder de sonhar, criar e compartilhar. Era algo que fluía naturalmente em sua vida e em sua obra.
A dedicação de Michael a causas humanitárias provava isso. Ele foi um dos grandes nomes por trás do projeto “We Are the World”, em 1985, um movimento que uniu alguns dos maiores artistas do planeta em prol das vítimas da fome na África. Mais do que cantar, Michael acreditava que a música podia ser uma ferramenta de transformação social.
Wayne Dyer destaca que não precisou explicar a Michael o conceito de Real Magic, porque ele já era, em essência, um ser espiritual. Gentil, amoroso e disposto a usar sua voz e talento para criar milagres, Michael representava o tipo de pessoa que não apenas fala sobre bondade, mas a pratica em silêncio, no cotidiano.
Com sua música, Michael ofereceu ao mundo muito mais que entretenimento. Ele ofereceu esperança, união e uma forma de acreditar que gestos criativos e solidários têm poder de mudar a realidade. Para Dyer, esse era o maior legado do cantor: lembrar que todos nós podemos criar milagres quando colocamos nossos dons a serviço dos outros.
No fim, Wayne Dyer resume a experiência com gratidão: “Obrigado, Michael, por compartilhar seu talento incrível e levantar nosso espírito.” É assim que milhões ao redor do mundo continuam lembrando dele — como um ser humano com um coração maior que o céu, cuja música ecoa como um milagre que jamais se apaga.




