Michael Jackson morreu há mais de uma década, mas seu nome segue vivo e muito lucrativo. De acordo com a lista divulgada pela Forbes, o Rei do Pop é novamente o artista falecido mais lucrativo do mundo, acumulando impressionantes US$105 milhões (aproximadamente R$567 milhões) em ganhos apenas nos últimos doze meses. Nenhum outro artista, vivo ou morto, conseguiu manter tamanha influência cultural e financeira por tanto tempo.
A lista da Forbes que acompanha o lucro dos espólios de celebridades começou em 2001, com Elvis Presley no topo. O Rei do Rock dominou o ranking por 25 anos consecutivos, acumulando mais de US$1,2 bilhão (R$6,48 bilhões) nesse período. Mas, ironicamente, foi seu antigo genro quem quebrou todos os paradigmas: Michael Jackson. Desde sua morte em 2009, o espólio do cantor já arrecadou US$3,5 bilhões (R$18,9 bilhões), segundo a Forbes. “Quando se trata de ganhos de espólio, é MJ, um enorme buraco, e depois o resto”, afirmou um advogado especializado à revista.
Grande parte dessa fortuna vem do desmonte estratégico dos ativos que Jackson acumulou em vida. Além de deter seus próprios direitos de publicação e as gravações originais, ele fez um dos negócios mais inteligentes da indústria musical ao comprar o catálogo ATV por US$47,5 milhões em 1985 (equivalente a R$766,8 milhões hoje). O acervo incluía cerca de 4 mil músicas — entre elas, a maior parte dos sucessos escritos por John Lennon e Paul McCartney. Décadas depois, esse investimento rendeu um retorno gigantesco: em 2016, foi vendido por US$750 milhões, e em 2024, o espólio vendeu 50% dos direitos restantes para a Sony por US$600 milhões (R$3,24 bilhões).
Entre um megacontrato e outro, a marca Michael Jackson manteve-se forte. Imune às polêmicas que marcaram os últimos anos de sua vida MJ continuou a gerar cifras milionárias. Seu filme póstumo “This Is It”, lançado em 2009, arrecadou US$267 milhões (R$1,44 bilhão) nas bilheterias mundiais. Em 2012, o Cirque du Soleil lançou o espetáculo “Michael Jackson: The Immortal World Tour”, que faturou US$160 milhões (R$864 milhões), tornando-se a turnê mais bem-sucedida daquele ano — mais do que qualquer artista vivo.
O sucesso foi tamanho que deu origem ao espetáculo fixo “Michael Jackson ONE”, em cartaz em Las Vegas desde 2013, e ao musical da Broadway “MJ: The Musical”, que estreou em 2022. Juntos, esses dois espetáculos já movimentaram quase US$300 milhões (R$1,62 bilhão) em bilheteria, além de originar produções internacionais. Jackson, portanto, continua a gerar impacto cultural e financeiro em escala global, como se o tempo simplesmente não o alcançasse.
Mais do que um artista, Michael Jackson é um fenômeno econômico e cultural. Ele redefiniu o conceito de estrelato e construiu uma das marcas mais valiosas da história da música. Com mais de US$6 bilhões gerados ao longo da vida e após a morte, ele segue intocável no topo.




